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Artigos-->KOELLREUTTER: CONCEITOS E ENSINAMENTOS -- 03/09/2015 - 11:41 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

                                                                                                                                                     KOELLREUTTER: CONCEITOS E ENSINAMENTOS                                                                                                                                                                                                                                                                                                   L. C. Vinholes  



Os que participaram das aulas semanais coletivas realizadas no salão da Escola Livre de Música da Pró Arte, na Rua Sergipe, nº 271, em São Paulo, na época em que H. J. Koellreutter foi seu diretor, acostumaram a ouvir frases que não só revelavam o pensamento, a filosofia e a estética por ele defendida, mas que, ao mesmo tempo, davam dicas claras para um norte que possibilitava a escolha e a estratégia de estudo nos mais novos e promissores modelos no campo da criação artística, especificamente na música. Aqueles que não tiveram a mesma sorte certamente encontraram as mesmas oportunidades nos cursos, seminários, artigos, publicações e nas conferências e aulas que o mestre durante décadas realizou em todos os quadrantes do Brasil, atendendo àqueles que manifestassem interesse nos seus conceitos e ensinamentos. Reunindo anotações dos tempos de aluno da referida Escola, de fontes fidedignas provenientes dos colegas da época e de documentos os mais diversos, pareceu-me válido registrar, de maneira concisa, o que Koellreutter ofereceu aos seus alunos e seguidores. Talvez uma forma de chamar a atenção para o fato de que o 2 de setembro do corrente ano é comemora a passagem do centenário do nascimento do compositor, flautista, maestro, educador, esteta e mestre de gerações de músicos brasileiros. O que segue não obedece à ordem cronológica e o que está registrado pode oferecer diferenças insignificantes dependendo das fontes onde forem encontradas, mas continuam válidas e úteis para colaborar na formação dos que elegerem a música como objeto das suas preocupações artísticas.. - “Os pais e educadores desconhecem, ainda, o inestimável valor educacional e socializante das disciplinas musicais, como a música de conjunto e o canto orfeônico. A mocidade brasileira ainda não aprendeu a fazer música, música verdadeira, cantando e tocando espontaneamente, sem pretensão alguma ou ambição qualquer”. - “Se os elementos utilizados pelos novos compositores são diferentes, o vocabulário é outro, a sintaxe tem de ser outra, a gramática é nova, o que dificulta a compreensão dos valores emocionais da música”. - “Quando se ensina uma matéria criativa como a música o professor deve estar disposto a aprender do aluno a maneira certa de ensinar, uma vez que cada estudante apresenta ao professor outros problemas e tendências: só assim se estabelece um diálogo vivo, essencial, de ideias”. - “Acho que o educador deve dialogar. Eu só posso educar se aprendo com meu interlocutor”. - “A música para ‘a música pela música’ teremos cada vez menos. Mas cada um ouve e julga música de seu modo. Não creio que se possa julgar e dar razão ou não a alguém que defende ou ataque a música nova. O problema maior é que o público não ouve a música nova, ele a escuta. Gostar da música contemporânea exige esforço, tempo, e, se não se está disposto, deixe a música de lado”. - “A música deve ser funcional no sentido da musicoterapia, da música feita para o rádio, a TV. O futuro da música será a fusão com atividades extramusicais. É um palpite”. - “A verdade são sempre contradições. Eu sou artista e pedagogo com a mesma paixão. E, assim, vejo sempre que esses elementos são um só. É importante trabalhar por essa ideia para que, se isso funcionar, possamos criar um mundo mais interessante e de paz”. - “Formação integral dos seres humanos e não apenas formação musical especializada”. - “A música tem uma série de regras, princípios, tantas quanto os que regem a nossa vida hoje. Mesmo em seus contrastes, que não vejo como oposições, mas como elementos que se unem a uma entidade, a um todo. São holísticos, coisas que se complementam. Não existe bem e mal, transcendência e imanência, vida e morte. Tudo, no fundo, é uma coisa só”. - “Leis próprias da estrutura obedecem às possibilidades da audição. Interdependência de ritmo e altura (tempo e espaço, um todo só). Tempo que passa entre 2 notas depende da diferença espacial das mesmas”. - “O ponto final de uma obra, em que não haveria mais nada a dizer sobre ela, é uma ilusão: tudo deve ter uma nova interpretação e o processo de execução é mais importante do que o resultado”. - “O intérprete não deve executar a partitura dos compositores, mas coparticipar de um processo de comunicação entre ele, o compositor e o ouvinte”. - “Minha visão de mundo me faz sentir tudo que vivemos como se fosse um todo transparente e só por meio de uma esfera isso poderia se transformar em música”. - “Ao fazer duas versões diferentes da mesma peça em instrumentos diferentes, fica mais fácil sentir as múltiplas possibilidades que a interpretação permite”. - “Não há erro absoluto em arte. O erro é sempre relativo a alguma coisa. Por isto chamo a minha estética de arte do impreciso e do paradoxal. Isso serve para liberar o aluno de todo o tipo de imitação. Ele deve experimentar e inventar algo que antes não existia. Ele precisa de coragem para isso e só a adquire se perder o medo do erro”.



- "O problema é mais importante do que a solução".



- "A minha maneira de trabalhar parte sempre do aluno, dele para mim e não ao contrário".



- "Tdo o que choca conscientiza".



- "Eu raramente falo de mim".



- "Não se deve imitar o que está sendo feito, mas ciar algo".



- "Não pode haver música sem ideologia".



- "Para o acadêmico, a fórmula é autônoma e o conteúdo está a ela subordinado".



- "Sem crítica não há evolução".



- "Estilo é a marca da personalidade".



- "Estilo é o ser humano".



- "Estilo é a mensagem pessoal do artista".


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