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Artigos-->KOELLREUTTER E PELOTAS -- 03/09/2015 - 11:44 (LUIZ CARLOS LESSA VINHOLES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

                                                                                                                                                                                KOELLREUTTER E PELOTAS                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            L. C. Vinholes



Este ano é comemorado o centenário do nascimento de H. J. Koellreutter compositor, flautista, regente e conferencista que visitou Pelotas em duas ocasiões em meados do século passado. Koellreutter nasceu em Friburgo, Alemanha, em 2 de setembro de 1915 e faleceu em São Paulo em 13 de setembro de 2005. Em Berlim estudou flauta com Marcel Moyse e harmonia, contraponto, composição e regência com Kurt Thomas. Radicou-se no Brasil (1937); introduziu a composição atonal com a técnica dodecafonismo, tendo como seguidores Claudio Santoro, Edino Krieger, César Guerra Peixe e Eunice Katunda; criou o grupo Música Viva revolucionando o ambiente musical da época; inaugurou em Teresópolis o primeiro curso internacional de férias para atividades musicais realizado no país; abriu em São Paulo a Escola Livre de Música, na qual estudei e por onde passaram figuras de destaque no mundo musical brasileiro, tais como Roberto Schnorenberg, Damiano Cozzella, Ernst Mahle, Paulo Herculano, Julio Medaglia, Issac Karabtchevski, Sandino Hohagen, Henrique Gregório, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Carlos Eduardo Prates, Samuel Moraes Kerr, Ney Salgado, Clara Sverner, Suzana Bandeira de Melo e Norma Graça, Felipe Nabuco Silvestre e nomes da música popular, entre outros Severino Araújo, K-chimbinho, Tom Jobim e Tom Zé. A intermediação para a primeira visita de Koellreutter a Pelotas, em dezembro de 1951, deve-se a Yara Bastos André, hoje Cava, pianista que em janeiro do mesmo ano, participou do segundo curso de Teresópolis. O concerto que deu com a orquestra da Sociedade Orquestral iniciou com a sua Fanfarra de Inauguração, composta para a abertura do Museu de Arte de São Paulo (1949). Foi a primeira obra dodecafônica ouvida pela plateia pelotense, executada por três trombones e três pistões em si bemol, sexteto formado por músicos da orquestra e das bandas do 9º Regimento de Infantaria e da Brigada Militar. Em recital no Conservatório, Koellreutter regeu a Cantata Negrinho do Pastoreio, de Eunice Catunda, nas vozes do coral formado por alunas da professora Lourdes Nascimento, entre outras, Suzana Pereira, Noris Marques, Teresinha Oxley Rodrigues, Helena Leite Rosas, Enilda Winner, Regina Mondença de Buer, Aida Dias da Costa, Aracy Carvalho, Aury Müller, Dina Barreto Bastos e Yara André. Na segunda visita, em 1952, o maestro regeu o sexto concerto da temporada da Sociedade Orquestral, aberto com a ouverture da ópera Rosamunde, de Schubert, seguida do Concerto em mi bemol, de Lizt, para piano e orquestra, executado pelo pianista suíço-francês Sebastian Benda, recém-chegado ao Brasil. Na plateia, a convite do maestro, estavam presentes, alunas da Escola Assis Brasil, lotando a segunda ordem de camarotes do Teatro Guarany. A impressão de Koellreutter sobre o ambiente musical de Pelotas ficou registrada em artigo publicado no Diário de São Paulo, de 25 de abril de 1952, quando escreveu sobre a orquestra local: “O movimento sinfônico desencadeado por esse conjunto é de grande popularidade e integra, hoje, ao lado do Conservatório de Música de Pelotas e da Sociedade de Cultura Artística, de maneira decisiva, a vida artística da cidade”.



Em 2006, como homenagem e reconhecimento, foi criada a Fundação Koellreutter a partir do acervo do compositor, doado pela viúva Margarita Schack com documentos e objetos de natureza diversa, partituras e uma biblioteca, material à disposição do público no Espaço Koellreutter, no Solar da Baronesa do Centro Cultural da Universidade Federal de São João del-Rei, e logo acessível no portal www.koellreutter.org.  


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