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Artigos-->Comentário geopolítico do coronel Gelio Fregapani -- 16/09/2015 - 00:05 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

COMENTÁRIO GEOPOLÍTICO nº 226 de 13 de setembro de 2015


 


Gelio Fregapani - coronel do Exército


 


 


Assuntos: Economia, Revoluções e disciplina


 


Brasil, desperta


 


O nosso País vem sofrendo um ataque articulado da Oligarquia Financeira Transnacional com as grandes empresas petrolíferas internacionais desde que foram descobertas as preciosas jazidas do pré-sal. A corrupção congênita dos políticos, aliada ao absurdo entreguismo de algumas elites estão impedindo adotar medidas sérias contra tal ataque, que resultou nessa crise econômica.


Vale tudo para desnacionalizar a Petrobrás ou destruí-la, de forma a deixar o pré-sal para as tais petrolíferas e assim eliminar os bancos estatais brasileiros, cujo incentivo à indústria, ao comércio ao financiamento e ao agronegócio tem proporcionado um certo grau de desenvolvimento ao Brasil, contrariando poderosos interesses estrangeiros.


A História se repete. Foi o caso do Barão de Mauá, destruído por bancos britânicos, do empresário Belmiro Gouveia, destruído pela J. P. Cotton, das empresas Puma e Gurgel, destruídas pelas montadoras estrangeiras, da ENGESA, demolida pela combinação letal do Departamento de Estado dos EUA (se a Arábia Saudita comprasse o tanque Osório, vencedor da licitação, não poderia comprar o caça bombardeiro F-15) e pelas montadoras "do Brasil", para impedir a eventual produção de veículos civis pela ENGESA.


A bem da verdade, o problema do nosso país é a nossa economia estar nas mãos de empresas transnacionais dispostas a tudo para manter ou ampliar suas posições e naturalmente contam com o apoio dos govenos dos países delas.


Enquanto isto o nosso povo chega à beira da guerra civil pela corrupção deslavada da politicalha bem aproveitada pelo estrangeiro, quando não incentivada por ele.


Brasil, desperta!


 


 


A Economia e as Revoluções


 


Após longo período de paz interna no Império, os anos republicanos tem sido tensos. Tivemos a revolta da Armada, a sangrenta revolução de 93, a "guerra" de Canudos a revolução de 23, a década de 20 pontilhada de intervenções armadas que culminariam na Revolução de 1930, a revolução Paulista de 1932, o putsch comunista de 1935, o assalto integralista, o Estado Novo, de 1937 a 1945, a crise do suicídio em 54, a renuncia de 61 a revolução de 64 a guerrilha de 68 , a "redemocratização&
39; em 85, o impeachment em 92, todos marcados por alguma crise econômica e pelo dedo estrangeiro que quer evitar a nossa união. Nos anos 90, mediante eleições vencidas por grupo a serviço da oligarquia estrangeira, perpetraram-se as privatizações, nas quais em troca de títulos podres de desprezível valor,se entregaram e desnacionalizaram, estatais dotadas de patrimônios materiais de trilhões de dólares e de patrimônios tecnológicos de valor incalculável. A Petrobrás escapou de ser formalmente privatizada, mas não saiu ilesa: ficou submetida à ANP, mobiliada por “executivos” ligados às petroleiras angloamericanas, o que propiciou a alienação da maior parte das suas ações preferenciais a preço ínfimo, na Bolsa de Nova York, para especuladores daquela oligarquia, como George Soros.


Ao longo de todo esse sinuoso processo, observamos características importantes: todas as disputas ocorreram em meio a crises econômicas, mas não ameaçaram a integridade territorial e terminaram com pacificação ou anistia, quase sem vinganças e sem ameaça física ás autoridades derrotadas.


Agora vivemos mais uma grande crise da economia onde é nítido o interesse estrangeiro e é preocupante a ameaça de desintegração e o radicalismo das facções onde pedem ostensivamente a morte dos dirigentes. Nos faz falta um Duque de Caxias.


Na atual crise a Operação Lava-jato, em nome do nobre motivo de depurar o País está destruindo não só a Petrobrás – último reduto estatal produtivo bem como as grandes empreiteiras, último reduto privado, de capital nacional, capaz de competir mundialmente. Observe-se que não se vê punições para bancos nem empresas multinacionais. Será que eles nunca pagaram propinas? Acredita-se que minem mais de 100 bilhões de reais por ano pelas manobras das multinacionais em superfaturar as importações e subfaturar as suas exportações maquiando suas contabilidades transferindo lucros para suas matrizes minimizando e sonegando impostos nos países hospedeiros. Seria possível isto sem propinas?


Se não quisermos aceitar em definitivo, à condição de subdesenvolvidos teremos que evitar o aproveitamento pelas oligarquias financeiras transnacionais e de seus representantes locais, que visam acabar com a nossa veleidade de autonomia no campo industrial, no tecnológico e no militar.


O atual governo, além da incompetência já se acovardou e se rendeu. Não terá coragem de enfrentar as pressões internacionais e internas. Os prováveis sucessores são piores ainda.


Então, o que fazer? No momento esperar que não haja solução sem intervenção e se a crise for controlada e os políticos resolverem a confusão que criaram e ainda consigam manter a integridade do País? – tanto melhor, pois é isto que todos queremos.


 


Cortar despesas


 


É claro que é necessário cortar despesas a começar pelo Executivo onde os 39 Ministérios poderiam ser reduzidos a cinco, seguido pelo Legislativo onde bastaria um senador por Estado e poderia diminuir de dois terços o número de deputados e vereadores. Quanto ao Judiciário, chegaria cortar mordomias e ainda haveria muita despesa inutil para cortar, só cortando as "indenizações" dos subvesivos anistiados já se economisaria um bilhão por ano. Entretanto, o grosso do desperdício está nos juros da dívida.


Metade de tudo que o Brasil arrecada, cerca de 51% dos impostos é entregue inutilmente aos bancos usurários, um total de um e meio trilhões de reais por ano para remuneração dos juros, na faixa de 20% a 30% ao ano. Para ter uma idéia do que significa essa fortuna , ela representa mais de cem vezes o que o Brasil pretende cortar em investimentos e programas sociais, corte aliás necessário.


A solução é bastante simples: baixarmos os juros a uma taxa não compensadora . Muito bem, mas os credores iriam querer retirar o dinheiro emprestado e como iríamos pagá-los se esse dinheiro não mais existe? - Imprimindo o necessário para pagar as retiradas. Inicialmente a inflação seria galopante, mas quem retirou o dinheiro o usaria em alguma atividade produtiva para não perder para a inflação. Isto criaria empregos e a produção logo controlaria a inflação, sem contar que o déficit previsto se transformaria em superávit como num passe de mágica a economia melhoraria instantaneamente. O mais difícil seria enfrentar o boicote da oligarquia financeira internacional, mas seria melhor do que o caminho da falência e da servidão que estamos trilhando.


 


Sem noção


 


Em tempos normais, a notícia de que o Senado renovou a frota de veículos à disposição de seus 81 legisladores já provocaria justificáveis questionamentos – tendo meros dois anos de uso os carros substituídos não poderiam ser considerados velhos. A situação, naturalmente, torna-se muito pior quando o país enfrenta grave crise econômica. Neste caso, a desfaçatez dos senadores desperta sentimentos de irritação e perplexidade.


No momento em que se acirram as tensões entre a Venezuela e a Guiana, prenunciando outra guerra com provável interferencia do Reino Unido e dos Estados Unidos, o Exército, de forma inconsequente, persegue os garimpeiros na Amazônia seguindo as absurdas ordens de um Governo descompromissado com a Nação. Onde mais se nota a maléfica atuação do Exército é em Roraima, proximo da fronteira, destruindo as pistas de pouso dos garimpos, bem proximo da área do provável conflito. Depois, vai precisar da colaboração dos garimpeiros. Conseguirá?


 


A disciplina militar prestante


 


Todo militar sabe que a disciplina é o melhor modo de coordenar esforços em combate e que a base da disciplina é a confiança entre chefes e subordinados num Exército normal a confiança é natural e mesmo quando as ordens contrariam o pensamento dos subordinados estes costumam dar um crédito de confiança ´por saber que na coesão está a sua força, mas quando um comandante declara que nada fará para defender da perseguição esquerdista os que se sacrificaram para cumprir suas missões fica impossível manter a confiança e quem sofreu as consequencias foi seu sucessor, que não recebeu o apoio que merecia ao reequipar o Exército usando os serviços da Engenharia de Construção. Quando a confiança não mais existe, a disciplina formal torna-se somente uma máscara para encobrir a covadia e a busca de vantagens pessoais e no Exército antes brioso os carreiristas reunem-se em torno dos chefes do momento como as parasitas infestam a árvore frondosa, enfeitando-a com flores enquanto sugam sua seiva. Ambos, a árvore e o Exército nestes casos, enfraquecem seus troncos e estão prontos para desabar na primeira tormenta.


O novo comandante assumuiu com uma dosagem extra de confiança, quer por sua história de vida quer por receber um Exército melhor equipado, mas já sentiu que voltará a época de vacas magras. Até isto pode ser tolerado, mas surgiu algo que não pode – a humilhação descarada da tentativa de assumir o comando das Forças Armadas por uma enfermeira despreparada, ligada ao "exército" do Stédile, com ou sem o aval do ministro político.


Chegou o momento em que a atitude do chefe definirá se ele assumirá a liderança ou recuará para o Limbo, se não para o inferno. Consta que a enfermeira articulou o "golpe" sem conhecimento dos superiores dela (consta talvez para livrar a cara do Ministro). Só isto já é motivo para a exoneração dela.


Não sabemos como se desenrolarão os acontecimentos, mas a atitude que esperamos dos comandantes das Forças é a solicitação (irrevogável) da exoneração da secretária. Nem sub delegação nem a revogação do decreto é suficiente.


E se a solicitação for recusada? – Então tem que ser a jogada suprema: Que tanto ela como o Ministro sejam presos na hora.


As consequências? Ora, terminaria com a mudança do Governo, mas não nos preocupemos. Nenhum governo seria louco de enfrentar uma justa rebelião militar, muito menos um com a impopularidade que tem.


 


De São Mateus 12, 25


"Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: "Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá"


Será que isto acontecerá conosco?


 


Gelio Fregapani


 


 


 


Adendo


 


CENÁRIOS POLÍTICOS


 


Estes cenários foram recebidos em mensagem de uma pessoa que reputo inteligente e bem informada que solicitou que, caso eu a trnscrevesse, protegesse seu nome e endereço. Refletindo uma opinião pessoal do missivista, sem dúvida os cenários apresentados são pessimistas e mesmo apocalípticos, mas lamentavelmente são possíveis de acontecer.


Foi retirado da transcrição da mensagem do autor as atitudes e providências que pretende tomar em cada cenário


 


Gelio Fregapani


 


Meu convencimento pessoal é que a crise, embora inventada e fomentada com início nos movimentos dos R$ 0,20 em 2013, hoje é real. A crise política é óbvia. Dilma imaginou ser possível fazer um governo sério, imaginou porque não é política. Quando a gente escutar reclamações sobre diálogo com o Congresso, todos sabemos muito bem o que significa. A não interferência nas apurações dos casos de corrupção mostra claramente isso. Sem poupar aliados, bandearam-se muitos para uma oposição furiosa, tipo tira essa mulher daí de qualquer maneira. O fato é que a crise política é séria e, a meu ver, irreversível. Não adquirirá mais condições de governar. Em meu pensar, ela amarelou, está perdida e sem coragem.


No campo econômico, para tentar apaziguar o “mercado”, que tinha aberto as baterias contra ela a ponto de iniciar o aumento da taxa Selic em jul/2013, indicou como ministro da fazenda um agente desses mesmos mercados. Levy age como um quinta coluna, criando efetivamente a crise pela recessão. Não seria necessária, não fosse comprometido com os banqueiros. É bom reparar os movimentos erráticos na economia, sempre com ameaças tipo aumenta impostos, cria impostos, volta atrás depois do dano causado, inventa outra, é CPMF, não é mais, é aumento de IR, não é mais etc. O fato é que a crise política associada à


conômica gerou a uma enorme crise de governabilidade. Para uma guerra civil é daqui pra ali. A par disso tudo, situações criadas pela Funai em MS estão prestes a explodir. E contra isso não adianta estatuto do desarmamento, a fronteira do Paraguai é ali mesmo e o acesso a armamentos é simples. Em outros pontos, como no RS, a crise está já instalada.


 


Cenário I.


 


Dilma continua sangrando no governo pelo menos até o fim de 2016 sem condição de governabilidade. As agitações sociais se agravarão, pipocando greves de toda ordem e desobediências civis. Em 2016 sua chapa é cassada por qualquer motivo, Assume o mais representativo da Câmara, talvez o próprio Cunha caso não seja indiciado até lá. (provavelmente não será, pois a Câmara não dará autorização para processá-lo). São convocadas novas eleições indiretas para completar o mandato. São desfeitos os pontos realmente importantes, como os marcos regulatórios dos portos, da internet, do pré-sal. São contraídos todos os empréstimos “necessários” para aplacar o capital, fazendo-nos retornar ao ano de 2000.


O novo Governo receberá todo o apoio da mídia, o que reduzirá a indignação popular somente aos nacionalistas radicais e aos grupos sociais ligados à esquerda, eternamente contra como o MST etc. Ainda assim, são previsíveis alguns atos revolucionários limitados.


 


Cenário II


 


Somente Dilma sofre impeachment, assume o Temmer. Atenuam-se momentaneamente as pressões populares por estarem focadas n destituição da Dilma, mas os problemas continuam sem solução, agravados pela preocupação do PSDB em evitar que Temmer faça um governo que agrade (o que seria mesmo pouco provável) e faça o seu sucessor Terá um ocaso semelhante ao governo Sarney, pois não controla mais o PMDB, hoje nas mãos do Cunha


 


Cenário III


 


Dilma é derrubada ainda em 2015. O Brasil é suspenso do Mercosul e este se desmancha. Haverá atos de terrorismo pelo território nacional, pois embora a baixa popularidade de Dilma, não significa que o mesmo número deseje a queda dela, Lula ainda tem um apelo popular e é capaz de mobilizar alguma massa. Tirar Lula de circulação somente agravará a questão e precipitará acontecimentos.


 


Cenário IV


 


Independente dos cenários I, II e III a situação se agrava e ocorrem confrontos armados, iniciando no Mato Grosso do Sul. Há combates de guerrilhas. Em alguns estados eclodem movimentos separatistas, inicialmente pacíficos e mesmo se declarando provisórios, mas com o cheiro da pólvora, os movimentos tomam feição militar, mais forte no Rio Grande do Sul, que se rebela e declara sua independência, e os movimentos ganham força em alguns outros estados, inclusive São Paulo.


As forças de segurança são obrigadas em atuar em diversas frentes, a ONU reconhece o estado de beligerância. O Brasil se esfacela, como é de interesse e objetivo dos “mercados”. Os comandos das Forças Armadas se posicionarão em defesa da unidade nacional, mas poderá haver defecções, quer por bairrismo, quer por parte da tropa não aceitar o Governo, pois não haverá mais uma figura tipo Pedro II, estaremos muito mais em mãos de gente tipo Floriano e Prudente de Moraes. Entre as facções em choque, devido ao radicalismo que se exacerba haverá quem haja como Moreira Cesar.


Mesmo improvável, este é um cenário que precisamos evitar, mas pode acontecer e é sobre isso devemos pensar. As cidades poderão se tornar ambientes hostis e perigosos, num ambiente a lembrar Mad Max. Suprimentos podem se tornar difíceis, energia, combustível e água sabotadas. As famílias que puderem se refugiarão em fazendas e cuidarão da própria defesa, como na Idade Média e cuidarão de produzir seus próprios alimentos. Nos grandes núcleos urbanos, além do desabastecimento e do colapso dos serviços pode haver o caos com multidões procurando o que comer, primeiro nos supermercados, depois nas casas ...


(omitido o nome do autor)

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