Usina de Letras
Usina de Letras
298 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62175 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50580)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->FESTIVAL ZÉ LIMEIRA -- 20/02/2004 - 20:09 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
FESTIVAL ZÉ LIMEIRA

Na festa de Zé Limeira
Que o Fiúza descreveu
De fato lá estava eu
Com outros na pagodeira
Isso foi na sexta-feira
Numa noite ensolarada
Quando a lua prateada
No meio do céu surgiu
E o sol de ciúmes sumiu
Com a cara enfezada.

À tarde de madrugada
Zéferro encontrou Coadinho
Com seu irmão Manezinho
Cantando uma embolada
Depois foram pela estrada
Em busca de Piolho Chato
Mas perderam-se no mato
Onde Milene Arder
Correu e foi se esconder
Da sanha de um velho gato.

Achei o maior barato
Quando mestre Egídio fez
Um cordel em japonês
E Daniel Fiúza no ato
Deu-lhe um novo formato
Numa versão em chinês
E com muita rapidez
O J. B. Xavier
Fantasiado de mulher
Declamou por sua vez.

Georgina muito cortês
Piscou um olho pra mim
Manoel Antonio Bonfim
Com bastante sensatez
Agarrando dois ou três
Ao som da viola estridente
Cantarolou de repente
Mas perdeu a estribeira
Quando a Socorro faceira
Rebolou igual serpente.

Chegou Wellington Vicente
Esporeando um burro baio
Com Adelmário Sampaio
Engarupado na frente
E o Suco pôs caldo quente
Lá na boca do Nozor
Cão danado e mordedor
Que é meio porco-espinho
E acompanha o Jorginho
Por onde quer que ele for.

Houve um forte clamor
E formou-se um reboliço
Quando o Santo Pade Ciço
Levantou-se do andor
Com sua coroa de flor
Não recordo mas relembro
Foi na Páscoa em dezembro
Que nasceu na estrebaria
Uma santa confraria
E dela o Airam é membro.

No dia sete de setembro
O Roberto Guimarães
Recitou versos às mães
Eu disso não sei se lembro
Pois era o mês de novembro
Quando Daldeth Bandeira
Cantou a mulher rendeira
Num desafio com Dantas
E as palmas foram tantas
Que fez chorar Zé Limeira.

Lilian Maial sanfoneira
Cantou morão e martelo
E o Rubenio Marcelo
Fez poesia de primeira,
Antonio Albino Pereira
Trouxe versos na caixola,
Almir Alves com a viola
Fez serenata pra Aline
Que estava de biquíni
Numa bela camisola.

Chegou entrando de sola
O João Rodrigues B. Filho
Só que derrapou no trilho
E não quebrou a bandola
Defendeu a sua escola
No estilo mais bonito
Eu vi tudo e repito
Que Roberto Lima e Souza
Beijou uma mariposa
Fazendo o maior agito.

Zé Pretim fumava um pito
E Fracois Pecori Massa
Bebia sua cachaça
Jorge Filó deu um grito:
- Mas será o Benedito?
O Domingos de Oliveira
Sacou da sua peixeira
E deu um tiro pra cima
Quase acertou no Guima,
No Géber deu gemedeira.

O Diógenes Pereira
Descendo pela subida
Falou da morte e da vida
E de uma sorte matreira
Que faz levantar poeira
Tanajura pegou um relho
E diante do espelho
Voltado para a parede
O Lumonê ficou verde
Por não gostar do vermelho.

Ao digitar no aparelho
Transcrevendo do papel
Este esquisito cordel
Perguntei ao preto velho
Por que ficou desparelho
Se busquei ser criativo
Zé Limeira pensativo
Disse: - O cordel está torto
Porque o cê mexeu cum morto
Que num tem inveja dos vivo.

BENEDITO GENEROSO DA COSTA
benedito.costa@previdencia.gov.br

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui