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Poesias-->Navegar sem farol -- 20/05/2003 - 09:02 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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Ontem, era só silêncio

quando lua cheia nos envolveu

Nós, que esperávamos



Algo como estrela

cruzou lentamente o céu azul

o frio da água

os cheiros de iscas



O navegar sem farol

e sem colheita

o aportar



Na varanda

minha gaita

o vinho africano





Oh, vida de risos

escôo-me junto ao rio

o mesmo rito





Estou longe de muitos

e muito perto de outros

mas não sei onde



sigo meu cruzeiro

sustos e regozijos





uma voz de filho

outra de criança, que cicia

quebrando longo gelo



Ouvi muitos pássaros pela manhã

colhi belos exemplares

O sol da saúde me bronzeou



Naveguei de volta

lavei, tampei e tranquei tudo

mandei passar a régua



e voltei para casa

de um modo diferente do esperado



Água, muita água

pra viver este novo dia

dia de queixas contra calotes

dia de dúvida, de incertezas



Agora, somente um azulão

um pintassilgo e o pavarote

lembram-me das águas,

que escorrem por lá





***********************************



Ayer, era sólo silencio

cuando la luna llena nos envolvió

Nosotros, aquéllos que esperaron,



Algo como estrella cruzó el cielo azul lentamente

el frío del agua

los olores de cebos



Navegando sin la luz

y sin la cosecha

el atracar



En el balcón

mi cañería

el vino africano



Oh, life of laughters

Yo me agoto por el río

el mismo rito







Yo estoy lejo de muchos

y mucho cerca de otro

pero yo no sé donde



Yo sigo mi crucero

susto y deleite



una voz del hijo

otra de niño que susurra

rompiendo el hielo de mucho tiempo





Yo oí muchos pájaros por la mañana

Yo escogí bonitos ejemplares

el sol de la salud me curtió



Yo navegué de giro

Yo lavé, yo cubrí y yo cerré con llave todo

Yo pedí para pasar la cuenta



y yo regresé a casa

de cierto modo diferente del esperado



Agua, mucha agua

por vivir este nuevo día

día de quejas contra las deudas

día de duda, de incertidumbres,



Ahora, sólo el azulejo,

el jilguero y el pavarote

ellos me recuerdan las aguas,

que desagüan para allá.



****************************************







Gestern war es nur Schweigen

als uns voller Mond betraf,

Wir, jene, die warteten,



Etwas als Stern überquerte den blauen Himmel langsam

die Kälte des Wassers

die Gerüche der Köder



Das Navigieren ohne Licht

und ohne Ernte

das Docken



Im Balkon

meine Pfeife

der afrikanische Wein



Ach, Leben von Gelächter

Ich entwässere mich neben dem Fluß

der gleiche Ritus





Ich bin weg von vielen weit

und eine Menge in der Nähe von anderen

aber ich kenne wo nicht



Ich folge meiner Kreuzfahrt

Schrecken und Vergnügen





eine Sohnesstimme

noch ein von Kind, das flüstert

das Brechen von Eis lang





Ich hörte an den Morgen viele Vögel

Ich wählte schöne Exemplare aus

die Sonne der Gesundheit bräunte mich



Ich navigierte Rückkehr

Ich wusch, ich deckte, und ich schloß alles ab

Ich befahl, am Herrscher vorbeizukommen



und ich ging Heimat zurück

auf eine Weise anders als die erwarteten



Wasser, viel Wasser,

für das Leben diesen neuen Tag

Tag von Klagen gegen Schulden

Tag von Zweifel, von Ungewißheiten,





Jetzt, nur das Blaukehlchen,

der Stieglitz und der pavarote

sie erinnern mir die Wasser,

diese Gosse für dort.







































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