Oração
Vendo me de joelhos, dá, até a impressão
De que rezo... uma ilusão!
Despeço-me desta minha vida,
Simplesmente, porque a desprezo.
Todos os meus sonhos, eu, doei.;
Nada guardei... então,
O vazio tomou conta de mim,
Enlouquecendo-me a razão.;
Mas, eu... não te magoei.
Por todas as estradas, que andei,
Em todas as sombras... eu, me deitei.;
Mas, juro, pai... eu não pequei !
Apenas... sonhei.
Perdoa, meu pai...
Se alguma vez pareceu que te esqueci,
Nesta minha rotina cansada,
Que nunca acaba...
E, que sempre vivi.
Fiz versos em forma de oração,
Para poder rimar minha emoção,
Diante do que não sei explicar.
Quero confessar:
A fé não morreu, em meu coração.
Perdoa, meu pai...
Essa minha ilusão secreta,
Que não posso mais sufocar.;
Nunca quis ser um profeta,
Ou, de ti, duvidar.;
Apenas... quis ser poeta
E , as palavras, poder rimar !
Pezente.
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