M(D)T - MINISTÉRIO DA TRAIÇÃO
Aileda de Mattos Oliveira (3/10/2015)
Valores antagônicos não podem medrar na mesma seara. Impossível que brote salutar convivência entre os que cultivam a tradição, o respeito às cores nacionais, a ética, e os que estimulam a desagregação, a idolatria a símbolos estranhos, a deterioração moral da sociedade.
Difícil relacionar MD, centro onde se abrigam os mais despreparados companheiros do partido, e preocupação com as questões relativas à soberania do País e à integridade de seu território. Por essa razão, soam artificiais as constantes demonstrações de flexibilidade dos Comandantes Militares às situações esdrúxulas, ofensivas à natureza dos princípios militares.
Nesta última afronta, ficou clara a razão da exigência do folclórico ex-governador da Bahia pela titularidade desse ministério. Beneficiar-se de sua traição e garantir o apoio do Foro a uma vaga no Planalto, é para onde voa o nosso raciocínio. Ações negativas fazem parte do currículo positivo da esquerda.
A viagem-álibi à China foi a senha para a ‘secretária’ atuar no jogo sujo da falsificação e enfeixar nas mãos a infraestrutura das Forças Armadas para transformá-las em falanges vermelhas sob o comando de um sectário do Foro de São Paulo.
Que a matilha aja de maneira cínica faz parte do caráter dos membros da esquerda, mas é inacreditável que homens com estudo, cultura, comportamento e moral ilibados, aceitem manter diálogo e convívio ameno com esses elementos do submundo político, agora, comprovadamente traidores da pátria. Tinham que ser presos, na hora. É a segunda oportunidade perdida.
Aliás, trair o Brasil tornou-se um fato banal, corriqueiro, mais um dado cultural, sem as consequências esperadas. Ao contrário, ouviu-se a melancólica declaração de um dos Comandantes de que permanece o “estado de estabilidade”, e nos leva a deduzir que as ameaças do “cocalero”, das milícias da CUT e dos sem pátria são de somenos importância. Creio que já ouvimos de seu predecessor frase semelhante.
Essa transmutação tranquila de cenários significa que a inteligência da parcela consciente da Nação não é levada a sério, e passamos a considerar, então, como duvidosa, a afirmação de que o País pode contar com as Forças Armadas na defesa do território, das instituições e do regime democrático. Podemos, mesmo?
Chegamos à conclusão de que não basta ser Comandante, tem que ter espírito de liderança, sem fórmulas lenientes de agradar aos rasteiros elementos do poder, condicionados a uma ideologia malfadada. A contemporização com os falsificadores do nome de um Chefe Militar em decreto que extingue as Forças Armadas é uma forma de aceitação do erro. Se isso se transformou, rapidamente, num mal-entendido já ultrapassado, afinal, o que consideram os Comandantes de importância vital para o País?
Os Generais Quatro Estrelas devem lembrar-se de que estão convivendo com criaturas desprovidas de valores morais, radicalmente antidemocráticas, portanto, perigosas.
Essa falsificação posta a nu leva-nos a pensar quantos outros documentos já não sofreram o mesmo tratamento, porque os Senhores Comandantes confiaram e confiam na hipócrita convivência pacífica com sectários comunistas e na “estabilidade” mentirosa.
Agora, com um ministro do PC do B, o que farão os nossos contemporizadores e claudicantes Comandantes? Estamos aguardando uma palavra, uma reação, a mais este deboche contra as Forças Armadas.
A esquerda tem uma visão monolítica, e se os Comandantes se sentem confortáveis em manter-se na atitude de “homens cordiais”, passamos a ponderar sobre a polêmica afirmação do ex-ministro Jobim: “Os militares de hoje não são mais ...”
Dr.ª em Língua Portuguesa. Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa) |