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Infantil-->FELIZ ANIVERSÁRIO MAMÃE! -- 05/07/2002 - 10:54 (LUIZ CARLOS LOCATELLI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dia das mães.
FELIZ ANIVERSÁRIO MAMÃE!

Texto de: L. C. LOCATELLI

Personagens:
A mãe.
O pai.
O filho.
A filha.

1ª CENA:
Narrador: Era um dia simples como os outros dias. Mas não era tão simples assim para Dona Maria, mãe de Sézinho e Ritinha e esposa do Sr. Antonio. Aquele dia era o dia do seu aniversário. Dona Maria Levantou-se bem cedo e pôs-se a trabalhar como nos outros dias, mas uma alegria muito especial tomava conta do seu rosto.
Maria: (estava fazendo café, cantarolava) Hoje é um dia de alegria, é meu aniversário, portanto é meu dia. Quero ver se os meus filhos lembram-se que dia é hoje. Quero ver se o meu marido ainda tem lembranças também.
Antonio: (Aparecendo com muito sono) O café ainda não está pronto!?
Maria: Isso é uma pergunta ou uma conclusão?
Antonio: É um fato. Porque você ainda não fez o meu café?
Maria: É porque hoje é o dia do... do.. Há, é que eu perdi as horas hoje.
Antonio: Você sabe que eu não posso chegar atrasado no meu serviço. E hoje com certeza chegarei atrasado. O que os meus patrões não vão dizer. Que homem sem responsabilidade, quem falta de profissionalismo! E o que eu vou Ter que responder, que a minha esposa perdeu as horas e eu cheguei atrasado para não vir trabalhar sem tomar o meu café da manhã.
Maria: Credo, até parece que eu sou a culpada de tudo. É só hoje que está acontecendo isso. Tudo porque é o dia do... do.. Você não sabe que dia é hoje?
Antonio: Claro que sei, uma bela de uma Quarta-feira de sol, na estação de outono.
Maria: Você só se lembra disso?
Antonio: E o que mais poderia eu me lembrar num dia fatídico como esse?
Maria: Sei lá, alguma data especial...
Antonio: Data especial? Do que você está falando? Não me lembro de nada não.
Maria: Eu tinha quase certeza disso. Mas tudo bem, um dia será a minha vez de fazer a mesma coisa.
Antonio: Acho que você está delirando, melhor você tomar um remédio prá febre, antes que se complique tudo. (saindo) Já estou indo, e vê se nos próximos dias não vá perder a hora novamente.! E cuidado com essa febre.
Maria: Mais que homem engraçadinho. Esqueceu-se do meu aniversário, não me deu aquele beijo de bom dia, e ainda por cima saiu dizendo que eu estou doente. Onde já se viu uma coisa dessa? Agora só falta as crianças, que por sinal já estão atrasadas para a escola. Sézinho, Ritinha, levanta-se que já está na hora.
Sézinho: (Colocando o rosto) Bom dia mamãe? Bom dia Crianças? Será que é bom dia ou boa tarde? Há então eu desejo-lhes um bom dia e uma boa tarde tudo junto, certo?
Ritinha: Credo que moleque mais bobo! Parece um retardado, desejando bom dia e boa tarde tudo na mesma hora. Isso não existe.
Sézinho: Como não existe? Se não existia agora existe porque acabei de inventar.
Ritinha: Eu não sei de onde vem tanta tolice?!
Sézinho: Tolice. Tolice é você responder para a professora que dois mais dois são cinco.
Ritinha: Mas quem te contou isso?
Sézinho: Segredo de estado. Essas coisas a gente não pode falar.
Maria: Escuta aqui será que vocês não me viram aqui não?
Ritinha: Há, é a senhora que está aí?
Maria: Não, é um fantasma do outro mundo.
Sézinho: Fantasma? Eu tenho de fantasma.
Maria: Deixa de ser bobo Moleque. Sou eu mesma. Não vão me dizer nada não?
Ritinha: Há, Claro. Desculpe mamãe. Nos esquecemos de dizer bom dia. Bom dia mamãe?!
Sézinho: Bom dia mamãe?!
Maria: Mas é só isso que vocês tem prá me dizer?
Ritinha: Nossa é verdade. Hoje eu tenho prova na primeira aula, precisa chegar bem cedo. Ainda bem que a senhora me lembrou disso. (sai) Tchal mãe.
Maria: Eu não disse nada disso. Mas será o possível que hoje estão todos contra min? E você meu filho, com certeza você não se esqueceu de nada?
Sézinho: Claro que não. Eu tenho prova na primeira aula também, preciso ir. Tchal mamãe? Tchal prá todos.
Maria: Mas isso está muito esquisito. Esqueceram de me abraçar de me desejar um feliz aniversário. Eu não quero nenhum presente. Apenas que lembrem-se do meu aniversário e do que eu represento para eles. Só isso. (Música triste) Só quero que eles recordem das horas que eu perdi lhes dando mamadeiras, das horas de sono que eu perdi amamentando os dois quando ainda eram muito bebês. Eu só queria que se lembrassem das horas tristes que passamos juntos quando eles pegavam aquelas gripes intermináveis. Que ficavam com aquele nariz escorrendo como uma cachoeira. Credo!. Eu só queria que se lembrassem o quanto eu fui, sou e serei importante para eles. Bem que eles podiam me dar de presente de aniversário uma viagem para as praias do nordeste. Imaginem eu lá. Eu gostaria tanto de conhecer. Mas do jeito que está. Melhor não sonhar E o meu Marido? Que além de não se lembrar de nada ainda fica me culpando de tudo.. Acho que hoje não é o meu dia, vou arrumar as camas. (sai)

2ª CENA:

Narrador: As horas foram passando, dona Maria continuava nervosa, pois ninguém lembrou-se do seu aniversário. Mesmo assim, ela arrumou toda a casa, lavou a roupa, fez a comida para o esposo e para os filhos. Continuava sendo aquela excelente mãe, porém preocupada.
Antonio: (entrando) O Maria, o rango já está pronto. A minha barriga está roncando tanta de fome. Espero que você tenha caprichado na gororoba de hoje.
Maria: Eu não acredito numa coisa dessas. Chamar o almoço de rango, de gororoba, será que você não tem educação não? Onde está a educação que a sua mãe lhe deu?
Antonio: Educação eu tenho e muito. O que eu não tenho é paciência. Por isso vai passando esses seus unidos venceremos para cá.
Maria: Porque unidos venceremos?
Antonio: Porque o seu arroz está tão mal feito, mais tão mal feito que estão grudadinho um no outro, por isso o apelido de unidos venceremos.
Maria: Eu não acredito. Das duas uma. Ou é um complô contra mim ou eu estou sonhando. Só pode.
Antonio: Agora me trás o copo de água geladinha mulher. Anda logo, que demora.
Maria: Já vou. Que homem mais apressado.
Sézinho: (entrando) Mãe o rango está pronto?
Ritinha: Mãe essa gororoba está no ponto?
Maria: Está no ponto sim. Mas no ponto de ônibus, esperando transporte para ser levado ao sanatório. Porque de tanto besteiras, eu acho que esta comida já ficou maluca.
Sézinho: Comida maluca, mamãe? A senhora está ficando doidona?
Maria: Eu acho que estou. Vocês me deixaram assim.
Ritinha: Mãe o Sézinho tirou zero numa prova hoje.
Maria: Que Sézinho?
Sézinho: I , I, I, I, I, I, I, I, I, I. O feitiço está virando conta o feiticeiro.
Maria: O que foi que você disse?
Antonio: Que o chouriço está contra o carneiro.
Ritinha: Papai, não é isso. É o ouriço está no pé de limoeiro.
Maria: Que ouriço? Que limoeiro? Do que vocês estão falando?
Sézinho: Mamãe a senhora está boa?
Maria: Eu estou muito bem, graça a Deus. Vocês é que estão me deixando nervosa hoje.
Ritinha: Mas porque a Senhora está nos dizendo isso? Qual o motivo.
Maria: O motivo é que. Eu não vou dizer. Se vocês não sabem, também não vou me rebaixar.
Antonio: Já está ficando tarde. Preciso voltar para o serviço. Tchal filho, Tchal filha.
Sézinho: Vá com Deus Meu paizinho querido.
Maria: (Desdenhando) Vá com Deus meu paizinho querido...
Ritinha: Que Jesus ilumine o seu caminho meu paizinho.
Maria: Mas para mim não desejaram nem um bom dia. Será que eu estou falhando como mãe? Eu faço de tudo para esses três, e eles não reconhecem.
Sézinho: A senhora está falando sózinha mamãe?
Ritinha: Acho que ela está ficando maluca mesmo. Vamos brincar um pouco lá no jardim.
Sézinho: Vamos. (saindo)
Maria: Crianças, não vão sujar a roupa, escorregando pelo chão.
Ritinha: Se sujar a senhora lava.
Sézinho: É isso mesmo. Vamos logo. (saem de vez)
Maria: Lavar roupas, passar roupas, guardar as roupas. Limpar a casa, limpar os tapetes, limpar os vidros. Será que é só prá isso que as mães servem? Que eu sirvo? Será que mãe só serve prá isso? E vocês crianças também acham que mãe só serve para lavar, passar, fazer comida e limpar a casa? Pois é, comigo está acontecendo isso. Será que é bom ou ruim? Esqueceram-se do meu aniversário. Eu não disse que era um sonho conhecer as praias do nordeste! (canta) Lava roupa todo dia, que agonia, que agonia. Lava roupa todo dia, que agonia, que agonia.(saindo)

3ª CENA:

Narrador: Chegou a tarde. Dona Maria estava mais nervosa ainda. Mas já não dizia nada. Esperava o momento certo para chamar a atenção de todos sobre o seu aniversário.
Maria: (Preocupada) Onde será que foram parar aquelas crianças? Disseram que iam brincar no jardim e desapareceram? E o Antonio, porque está demorando tanto.
(batem á porta)
Maria: Quem será uma hora dessas. Só pode ser notícia ruim. Deve Ter acontecido alguma coisa com os meus filhos. Ai meu Deus o que eu faço agora.
(batem novamente)
Maria: Já vou. Já vou. E se for uma notícia ruim? (abre a porta)
(Os dois filhos mais o pai entram com um bolo, velas e cantam parabéns a você, no final...)
Antonio: Aqui está uma pequena lembrança dos seus dois filhos e do seu esposo, pela passagem do seu aniversário.
Maria: Uma passagem para as praias do nordeste. Que Maravilha. Então quer dizer que tudo o que aconteceu hoje comigo foi...
Ritinha: Foi de propósito. Ensaiamos tudo direitinho.
Antonio: E olha que os dois, são bons atores.
Sézinho: Parabéns mamãe, pelo seu aniversário e pelo dia das mães.
Ritinha: Eu desejo que a Senhora continue sendo sempre essa mãezona que é a senhora.
Antonio: E que possamos comemorar o seu aniversário com alegria por muitos e muitos anos.
Maria: Muito obrigado meus filhos e meu esposo. E muito obrigado por todos estarem aqui prestigiando o dia das mães. Tchal. Até outro dia.
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