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Artigos-->Raízes da crise que levou os militares ao poder em 1964 -- 19/10/2015 - 11:13 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Raízes da crise que levou os militares ao poder em 1964 surgiram décadas antes



1935 - medo comunista



Em novembro de 1935 ocorre a Intentona Comunista, rebelião organizada pelo Partido Comunista Brasileiro. Em algumas capitais, como Rio e Natal, simpatizantes do partido tentam controlar quartéis e incentivar a população a derrubar o governo Getúlio Vargas. A rebelião é rapidamente derrotada, mas deixa uma herança: consolida em grande parte do Exército uma tradição de forte anticomunismo



1948 - Teoria perigosa



Em 1948, oficiais brasileiros que freqüentaram instituições militares americanas criam a Escola Superior de Guerra (ESG). Ela vira a sede do pensamento militar anticomunista no Brasil, atraindo elites conservadoras do país. A ESG elabora uma doutrina de segurança nacional, princípios teóricos que servirão para justificar a intervenção dos militares em assuntos do governo em nome de supostos "interesses da pátria"



1954 - Ensaios golpistas



Entre 1951 e 1954, o governo nacionalista de Getúlio Vargas enfrenta feroz oposição de militares e líderes civis conservadores &
151; grupo mais alinhado com interesses americanos. Em agosto de 1954, as articulações para um golpe militar param após o suicídio de Getúlio. Novas suspeitas de golpe surgem em 1956, com o mesmo grupo conservador tentando, sem sucesso, impedir a posse do novo presidente eleito, Juscelino Kubitschek



1959 - Revolução numa ilha



O "perigo comunista" volta a ganhar destaque em 1959, quando uma revolução conduz Fidel Castro ao comando de Cuba. A ascensão de Fidel no Caribe traz o comunismo &
151; antes só difundido em governos na Europa e na Ásia &
151; próximo do Brasil, aumentando o medo dos conservadores em relação a políticos nacionalistas e de esquerda



1961 - Renúncia inesperada



Em 25 de agosto de 1961, o presidente Jânio Quadros renuncia. Conservadores pressionam para que o vice, João Goulart (Jango), não assuma, pois ele é visto como um político de esquerda. Mas militares legalistas defendem a posse do vice. A saída é adotar o parlamentarismo, que diminui o poder de Jango



1963 - Jango ganha fôlego



Um plebiscito é realizado no dia 6 de janeiro de 1963 para que a população decida se o parlamentarismo é mesmo aceito como o novo sistema de governo ou se o país retorna ao presidencialismo. Por ampla margem, o eleitorado decide pelo retorno do regime presidencialista e Jango recupera plenos poderes



1964 (13 de março) - Guinada à esquerda



Mesmo fortalecido, Jango não tem apoio parlamentar para aprovar as "Reformas de Base", seu principal projeto de governo, que incluía, entre outros pontos, a nacionalização de empresas estrangeiras e a reforma agrária. Sem força, ele se alia à esquerda nacionalista. Em 13 de março, num grande comício na estação Central do Brasil, no Rio, Jango pede ao povo apoio às reformas



1964 (19 de março) - Reação da direita



Menos de uma semana após o comício de Jango no Rio, que reuniu cerca de 300 mil pessoas, os conservadores organizam uma passeata popular em resposta às alianças de Jango e seus projetos supostamente "comunistas". No dia 19 de março, aproximadamente 500 mil pessoas participam em São Paulo da "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", exigindo o fim do governo João Goulart



1964 (30 de março) - A gota d&
146;água



Diante da resistência ao seu governo na cúpula das Forças Armadas, Jango se aproxima de militares de baixa patente, ficando ao lado deles em rebeliões no meio militar. Em 30 de março, Jango se encontra com sargentos da PM do Rio e se solidariza a eles. Oficiais graduados vêem no gesto uma ameaça à hierarquia militar. Era o que faltava para incentivar o golpe



1964 (31 de março) - O desfecho militar



Na madrugada de 31 de março para 1º de abril, uma rebelião contra o governo começa em Minas Gerais. Entre os líderes do movimento, destacam-se o governador mineiro Magalhães Pinto e o marechal Castello Branco, chefe do Estado-Maior do Exército. A rebelião é apoiada em outras regiões, por políticos conservadores e pela maioria das Forças Armadas. Jango é deposto e tem início uma ditadura militar que durará até 1985.



 



Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-foi-a-revolucao-de-64


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