Meus olhos
Meus olhos,
que cor eles têm?
Penso que se revestem
do azul-celeste das safiras...
ou tens preferência
pelo anil das hortênsias?
Quiçá prefiras um azul-céu de abril?
Estarei enganada,
ou te levando ao engano?
Serão duas esmeraldas,
terão o verdor das matas
ou a tonalidade do oceano?
Será que Deus tinha outros planos
e da castanheira imitou a cor,
colorindo os olhos meus?
Podem ser negros como a noite
e, destarte, ocultem meus medos.
Talvez, da cor do mel se vista
meu olhar sonhador
e, ao chorar, eu verta doces lágrimas,
que se convertem em rimas
nos meus poemas de amor.
Embora eu insista
em não revelar-te o segredo,
sobre meus olhos, posso dizer-te:
são ternos, de rara beleza
e externam tristeza
por não te verem.
Valéria Tarelho
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