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Contos-->A Companhia -- 14/02/2003 - 13:01 (Jair Fonseca Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A COMPANHIA

Caminhavam juntos o homem e o passarinho, lado a lado dividiam espaço e destino. O homem com seus passos avançados por centímetros e o passarinho com seus saltos de vôos. Mas, os dois seguiam a mesma direção de um alvo; viverem a plenitude da vida. E nessa comunhão de percurso, o passarinho cantava ou vezes se punha parado como a ouvir o vento...já o homem caminhava murmurando contra o solo escabroso, contra a a chuva, contra a areia fina e contra o sol encandecente. Havia sempre uma murmuração. Tudo aquilo impacientava o passarinho que pousou no seu ombro e perguntou-lhe: - Companheiro do uso do mesmo ar que respiro e do mesmo desfrutar das estações, diga-me o que te deixaria satisfeito e menos retruncador?

O homem pensou e respondeu: - Nada!...

Mas, o passarinho insistia.... - Há um bom tempo estamos em companhia neste universo e ainda não o vi satisfeito na caminhada.

O homem diante dessa observação disse: - Não acerto em usar um bom comportamento adequado para o momento preciso. O desejado não é sempre o que me vem...já com você passarinho é diferente, na liberdade das suas asas, podes sobrevoar as circunstâncias...

Replicou o passarinho: - Não digas tal asneiras, nem sempre os vôos altos nos elevam a superioridade.... E continuou:

- Não fujas da minha pergunta companheiro...o que te deixaria satisfeito sem murmurações e revolta?

O homem outra vez responde: - Nada!...

Replicou novamente o passarinho: - Me explique por quê nada....

Disse o homem: - nada vejo nesta redoma terra, ora de cor azul, ora de cor cinzenta, que faça com que a vida que dentro de mim reina, se ache sincronizada no que se lhe é oferecida.

Disse o passarinho: - Não entendo por que te complicas tanto...de que maneira estás posicionado na trilha desta existência, pra que essa ofuscação te guie? A insatisfação gera mudanças...e você não muda... só reclama.

O homem se olhou e viu que caminhava até então com os olhos baixos, presos ao solo, na encurvadura do angulo fechado da limitação.

Então o passarinho lhe surgeriu: - Acompanhe-me com os olhos da coragem o meu vôo, e veja a amplitude que acima está. Olha a altura dos teus olhos com o alvo no horizonte e sinta que o solo escabroso dos teus pensamentos fúteis, vestiu-se da relva verde esperança, renovada nessa nova visão, porque a chuva provedora do amor o regou. Veja agora, que a areia fina, poeira das lembranças do passado, não mais embaraçam tua visão, ela foi logo dissipada, quando o sol das tuas forças te aqueceu, fazendo-te despir do comodismo da falta de ações.

E continuou o passarinho: - Tudo isso veio ao teu encontro e não enxergaste o valor da finalidade. Como queres então que haja unidade entre ti e os momentos, se tu mesmo te limitas a ver.

Dito isto o passarinho voou alto pelas nuvens da sensatez e desapareceu.

O homem continuo seu caminho, até que, a um certo trecho, avistou um menino que vinha na direção contrária.

Ora, o caminho da vida é feito em um só sentido obedecendo duas extremidades: Nascer e Morrer sob o som do choro. Como pode alguém fazer sentido contrário? Indagava a si próprio o homem.

Cada vez mais o menino se aproximava, e em seus lábios um grande sorriso lhe aflorava com o vermelho da alegria.

A esta altura o homem ardia em curiosidade e o indagou: - De onde venhes?

Ao que lhe respondeu o menino: - Do ponto final da tua estrada, fui enviado por um passarinho a te encontrar.

Pra quê? Pergunta o homem.

E o menino sem pestanejar lhe responde.

- Para lhe ensinar que com o novo construímos e desdobramos a vida...Os passos já caminhados são velhos, não temos por que ficar presos a eles, já viveram as suas oportunidades.

E acrescentou: - Caminhes comigo, e você será sempre o hoje pelo que ouve e vê.


O homem agora entende, e transfere a sua visão para o vôo do passarinho e com ele todo um renovo, toda uma alegria de viver.


Aprendemos nessa estorieta, que :

A insatisfação do homem se prende a um preciso que ele não quer ver;

O passarinho, a voz da consciência, da razão, num acordar paras as mudanças;

O menino, a atração do futuro hoje, que chama a renovação dos dias a porvir.





Jair Martins 17.07.02 15:45h
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