O gozo penetra na alma
Como se fosse uma espetada de uma agulha ponteaguda,
Comprime todo o seu corpo
Rebela-se contra um todo
Envolve-nos em um envólucro invisível
Mas que quase imperceptível, somente o sentimos.
É como se viajássemos em um supersônico
Que, como um raio, desaparece no horizonte infinito
E, então, voamos alto, bem alto, nas nuvens
Nuvens de prazer, de um colorido bem deslumbrante
E, sorrimos ou choramos, vibramos, relaxamos, vivemos...
Desse momento que, embora não possamos contar o tempo
Mas que todo o tempo não podemos descrever
Concretizamos, apenas, no abstrato, o que sentimos
É mais uma vez, ou milhões de vezes, apenas
Nos deliciamos neste prazer do gozo...
Os corpos se entrelaçam e roçam
Vibram um contra o outro
Ou um dentro do outro e vibra com suas energias
E como se fosse um raio, um relâmpago
Os corpos caem desfalecidos, penetrados até o âmago
E choram, relaxam, e se reanimam, dentro do prazer do gozo...
Fátima Maria de Oliveira(22-02-2003) |