a morte é produzida ao som de afagos
no ser que se corrói em beijo traidor
e em laços de ternura e outros tragos
de mentira em torno da sublime dor
que é viver em angústia lancinante,
buscando sempre um olhar de flor,
ou, dos lábios divinais do ser amante,
a inércia do tempo sob um puro amor.
vejo sempre o sol desse abandono
aumentar no peito a força da semente
que, no coração produz o sono
e a morte quando faz crescer a ânsia
de quem tanto amou e ódio agora sente
por sentir-se um tolo, vil, sem importância.
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