Usina de Letras
Usina de Letras
15 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62282 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50671)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6208)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Sobre Cem Anos de Solidão -mscx -- 09/11/2002 - 20:34 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marques:
(Prêmio Nobel de Literatura) 35a. edição. Editora Record - 1967- Rio: 394 p.
Por: Maria do socorro Cardoso Xavier

O escritor Gabriel Garcia Marques nasceu a 6/03/1928 na aldeia de Aracataca na Colómbia. O pai tinha uma farmácia homeopática. Dez irmãos. Frequentava o circo com o avó na infància. Formado em Direito em Bogotá. Exerceu o jornalismo; escrevia contos. Fez viagens a países socialistas e radicou-se em Paris, depois México e Barcelona. Influências marcantes em sua vida: leitura de Virgínia Wooolf, Kafka, Hemingway. "As Mil e uma noites", o primeiro livro lido aos sete anos, Sófocles e principalmente seus avós maternos.
Faleceu vítima de càncer linfático.
Neste romance Cem Anos de Solidão realidade e magia se entrelaçam, quase sem definições de fronteiras - num realismo hiper fantástico. Aí tudo é possível. Pessoas que nascem metade gente, metade animal, fruto do incesto.
Narra a infància na aldeia e pluri estórias fantásticas. Dualista, homens e mulheres se desafiam no caos. Mulheres fortes, pragmáticas - terminam via de regra vingando-se dos homens. A força da mulher se confunde com uma energia que emana da terra. Além disto, possui premonição e cultiva as superstições, achando natural.
Vida e arte se confundem e se duplicam. Realismo mágico é a tónica comum. O mistério da casa de sua infància é marcado pela magia do avó durante o dia; e a expectativa triste, da avó na noite.
Não obstante as mulheres organizam tudo com os pés no chão, com determinação; enquanto os homens cometem todo tipo de aventuras fantásticas e loucuras, sem sempre vitoriosos.
Há diversos clãs. O dos José Arcádios são corajosos mas com pouca criatividade e desligados dos problemas dos descendentes. Já os Aurelianos são mais tímidos, porém mais racionais. Se vestem de negro e como que antecipando tragédias, preocupados com a incerteza, são solitários. Segundo Úrsula [personagem do livro] loucos de nascença.
O Amor, como tudo neste romance, tem duas faces. Está implícito aí a própria destruição. Envolto por frustração e embuste. As mulheres são boas amantes porém se transformam em feiticeiras matadoras. Há figuras e comportamentos esquisitos entre as mulheres. O jogo do amor é marcado por competição, ódio e morte, paralelamente com promiscuidade e desinteresse. A transgressão sexual é praticada com mulheres que não são mães.
O autor deixa passar a idéia de eternidade do amor, é a realidade do dia a dia; entretanto exclui cenas de amor. Amaranta e Aureliano se enclausuram na solidão dos dois e do amor. O amor está sujeito tanto ao ápice quanto ao declínio. Há um amor de culpas, incestos, ora reais, ora figurados. Úrsula e José Arcádio [primos] e Aureliano e Amaranta [irmãos por adoção] se unem em relações incestuosas. Para tal, lhe nascem descendentes com rabo de porco, e a destruição de Macondo. [lugarejo].
A solidão é uma constante no romance. O autor a justifica como sendo problema de todos - geralmente por falta de amor, daí resultando em frustração a dois, no caso de Amaranta e Aureliano. O homem por escassez de amor busca outros valores: justiça, bens materiais, sexo. Nesta caminhada, há várias válvulas de escape - que via de regra desemboca em transtorno comportamentais, alienação e morte. Depois de tudo conseguido, paira a solidão. A paixão sexual não exclui a solidão: tudo não passa de algo fugaz e cai no vazio.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui