MALDADE
Fui e voltei na minha dor
Me fiz sereia sem pudor,
Do meu canto profano te fiz senhor
Do meu pranto meu resgate,
Do meu sonho pasto de saudade
Poente de realidade,
Pedi para o mar um pouco de
Coragem
Pus nos cabelos uma flor
Selvagem
E na tua lembrança tatuei tua
Imagem
Fui e voltei no teu desamor
Respirei teu calor,
Te fiz prisioneiro do teu rancor
Pequeno no teu furor,
Te tenho guardado vaso de flor
Já esqueci teu sabor,
Teu perfume é carmim, será que sim,
Ponte sem sonho, horizonte sem fim,
Me esconde a lembrança
Que me bate, me sacode, me abate,
Desse amor sem atalho,
Amor a retalho, sem resgate,
Amor covarde
Que hoje nega e amanhã sente saudade,
Amor de verdade,
Que seja feita a vossa vontade!
MORGANA
Rio de Janeiro, 27 /05/03
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