Mulher que chega
E se dobra em olhares
Com mãos de visgo
E pernas de teias
Mulher que exala, calada
Um odor de sereia
E desafia, desordeira
Meu prumo, meu calado
Mulher de senzala, mocambo
Provocas quando falas
Delícias tão raras
E me deixas bambo
Mulher esguia
Com olhos de Açores
Imploro, correndo os dias
Incauto, teus favores
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