Usina de Letras
Usina de Letras
302 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62176 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50582)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Em 48 horas, tudo mudou -- 22/11/2015 - 22:32 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Em 48 horas, tudo mudou



Depois do acordo, as coisas começam a dar errado para os dois



Carlos Chagas - Tribuna da Internet



Os ventos mudaram. Mais do que tempestades, prenunciam-se ciclones. No caso, abalando as colunas do palácio do Planalto e da Câmara dos Deputados. De repente, tornou-se outra vez uma possibilidade o impeachment da presidente Dilma. Raios e trovões adensam-se novamente sobre a Praça dos Três Poderes, depois de conhecido o teor da delação premiada feita ao Ministério Público por um ex-funcionário da Petrobrás, auxiliar de Nestor Cerveró, ex-diretor de assuntos internacionais da empresa, condenado e preso meses atrás como envolvido na escandalosa compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.



O prejuízo foi de 800 milhões de dólares, e segundo a delação, Madame sabia de tudo, pois presidia o Conselho de Administração da Petrobrás durante a venda, que autorizou. A acusação acaba de ser lida no plenário do Tribunal de Contas da União e servirá para alimentar o pedido de afastamento de Dilma, a tramitar no Congresso.



Junte-se a essa explosiva situação a não menos pior sorte do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a um passo de ser catapultado de suas funções por decisão do Supremo Tribunal Federal. Seu último ato poderia ser, como vingança, a aceitação do pedido de impeachment.



Em 48 horas, tudo mudou. Parece desfeito o acordo entre Dilma e Cunha para um salvar o mandato do outro, já que a natureza das coisas prevaleceu na dinâmica política. À lambança conduzida pelo presidente da Câmara para impedir a sessão do Conselho de Ética, quinta-feira, juntou-se, na sexta, a nova denúncia contra a presidente da República, no TCU.



A impressão é de que a chefe do governo acaba de perder o que lhe restava de sólida base parlamentar, assim como ao representante fluminense começa a faltar número suficiente de deputados para respaldá-lo.



PONTO DE EBULIÇÃO



Estivesse o país vivendo dias normais e dificilmente chegaríamos a esse ponto de ebulição, mas como evitá-lo em plena crise, com o desemprego se multiplicando, a inflação chegando aos dois dígitos, os impostos crescendo, os direitos trabalhistas sendo reduzidos e a corrupção campeando?



Registra-se à vista de todos a rejeição da sociedade às instituições encarregadas de conduzi-la. Ninguém acredita mais em partidos políticos, em governos e mesmo em associações civis. O ensino e a saúde viram-se criminosamente contingenciados no orçamento, os serviços públicos permanecem em queda livre, até a natureza nos castiga. Por que salvar Dilma e Cunha, mesmo diante da evidência de não serem os únicos responsáveis pelo caos?



FALTA DE AR OU DE TERRA?



 



Milton Campos era candidato a vice-presidente da República em1960, viajando com o presidenciável Jânio Quadros por todo o país. O avião que os conduzia perdeu-se nos céus de Mato Grosso, o combustível se esgotava e a comitiva se exasperava. A aeromoça aproximou-se do velho professor de democracia, pálido e sem falar, perguntando: “Dr. Milton, o senhor está com falta de ar?” Resposta imediata: “Não, minha filha, estou é com falta de terra…”


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui