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Poesias-->Poema LXXIV de uma série extraviada ou Sob os Viadutos -- 30/05/2003 - 12:06 (Alceu Silva Santinho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nesses hospitais em que entram apaixonados

e de onde saem crianças como pássaros

há de madrugada um cheiro insuportável de cânfora

que nos faz vomitar pelos esgotos.



E vagabundos dormem pelos cemitérios e sob os viadutos

e desesperados procuram por algo impreciso

enquanto alguns vendedores de livros

devoram sanduíches de presunto e queijo.



E excluídos consentem com os olhos do silêncio,

sentem-se contentes com uma porção de feijão e um naco de carne

e dançam numa rodada de baile:

eles riem, felizes e alegres, nos batizados



e nos aniversários brincam como crianças

assoprando velinhas e tirando fotografias

que, depois, mostram aos seus vizinhos

e lembram, dando risadas, e esquecem que são excluídos pois consentem.



Onde há pouco menos de cem anos

era um rio em que adolescentes pescavam com seus avós

hoje flui, e para sempre, um líquido de mercúrio e cádmio

e outros metais pesados e fezes, muitas fezes.



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