Este ser de plástico que eu sou
reviro meus olhos com dois olhinhos de boneca
e pelos buracos dos meus dois olhos
olho para dentro da minha cabeça,
de mim eu me escondo, por mim eu procuro,
pelos buracos dos meus olhos o que vejo é escuro
pelos buracos o que ouço é um ruído surdo
que bem no fundo me diz:
- esqueça, cara, afinal você não é tão bom assim. |