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Cronicas-->Reminiscências -- 12/11/2002 - 10:56 (Clair Ienite Gobbo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
REMINISCÊNCIAS

Parece que foi ontem; como gostaria de retornar àqueles velhos tempos.
Com saudade a memória me reconduz àquela casa onde todos nós nos instalamos e satisfeitos estávamos por isso, satisfação somente quebrada pelo afastamento do filho mais velho, que se decidiu ir estudar em local bem mais longe.
Que saudades daquelas manhãs de sábado quando, muitas vezes, o filho mais novo entusiasmado com suas destrezas no futebol levava-me a conduzi-lo para participar de jogos em distante clube na zona sul da cidade.
Que saudades imorredouras; o filho do meio -- assim que se costuma identificar aquele segundo filho dos três outros -- displicentemente cuidava das tarefas escolares muito preocupando seus pais, então.
Que saudades daquelas manhãs de domingo quando me dirigia à feira na periferia da cidade, em companhia do filho mais novo, para comprar passarinhos pretendendo ornamentar o viveiro instalado no quintal da casa.
Que saudades daquela casa, onde com todo o carinho cuidávamos dos nossos cães.
Que saudades daquelas idas ao estádio do Maracanã onde, muitas vezes vibrávamos todos juntos, desses encontros, participando, muitas vezes, não só os dois filhos -- o mais novo e o do meio -- mas também a adorável esposa.
Quantas saudosas lembranças também nos trazem as festividades juninas que a esposa programava, todos se dedicando à tarefa de enfeitar com bandeirolas o amplo quintal da residência. Como gostaria de reviver aqueles momentos em que todos juntos, inclusive a adorável esposa e mãe, viajávamos de férias, todos querendo logo logo alcançar o destino dessas viagens.
E o que dizer das saudades que permanecem daquelas datas festivas de Cosme e Damião com a distribuição de doces e balas à criançada que se apresentava no portão da casa e que a esposa, com prazer, tão bem se desincumbia de tal missão? Quantas saudades deixaram...
E o que dizer dos churrascos que ali se realizavam ao qual sempre compareciam os familiares mais chegados deles ativamente participando alegremente o sogro e a sogra; enfim, quantas saudades deixaram? Que saudades daquele tempo; que saudades de tudo que o tempo levou e não consegue retornar, somente deixando nas nossas mentes aquilo que ainda delas não conseguiu apagar.
E assim passou o tempo, e assim se casou o filho mais velho, e assim se casou o filho mais novo, permanecendo, porém, em companhia dos pais somente o filho do meio, tão querido quanto os dois outros.
Como gostaria de reviver todos aqueles acontecimentos passados. Desde a tristeza vivida por todos pelo afastamento do filho mais velho, já que estava feliz por ter conseguido alcançar seu objetivo em realizar seus estudos em local distante, casando-se logo após, até a saudade que a todos dá as preocupações, também vividas, que causava a seus pais o filho do meio, com suas travessuras escolares e a sua rebeldia em não querer se radicar na nova cidade para onde a família se deslocou, contrastando com a alegria do filho mais novo em aceitar de bom grado a nova vida em novo local de residência, que ao seu pai o dever profissional de mudar-se assim impusera.
Lembro-me da tristeza que sobre nós se abateu quando o filho mais novo se afastou do lar para casar. Na ocasião, segredou o filho do meio ao seu pai, ser muito estranho se ver que ele -- o filho mais novo -- não mais estaria junto à antiga família, e o seu quarto ficara vazio!
Lembro-me também ter surpreendido minha adorável esposa com uma antiga foto do filho mais novo nas mãos, com os olhos marejados de lágrimas de saudades pelo seu afastamento, logo após seu casamento, o que também me enchia de tristeza mas que a ela não podia declarar.
Também não posso esquecer da mágoa, expressada pela esposa algumas vezes, em razão da demora desse mesmo filho vir visitar a casa dos pais acompanhados dos queridos netos.
Não devemos nos magoar por isso; talvez assim aconteça porque ainda consideremos o filho mais novo ainda uma criança, esquecendo-nos de que ele agora é chefe de família, com todos os deveres de pai o que muitas vezes o obriga a assim proceder, retardando o seu comparecimento à casa paterna, o que certamente muito o contraria.
Não há do que se lamentar por isso, pois, mesmo assim toda a família continua a mesma, somente o tempo passou, ficamos mais velhos e talvez, em razão disso, mais impacientes.
Como gostaria de conseguir nestas linhas expressar tudo o que conseguimos viver juntos e em harmonia por participarmos de uma família integrada e respeitável.
Sinto que minha memória não consegue recordar, em todos os seus detalhes, tudo, mas tudo mesmo, o que conseguimos pensar, construir e obter em todos esses anos de completa convivência e harmonia.
Somente recorrendo à memória de cada um é que, talvez, pudéssemos juntar todos esses pensamentos fagmentados e nos reconduzir ao feliz passado.
Vamos tentar sempre conservar em nossa memória, antes que desapareçamos, todas as boas recordações pois, conforme já disse alguém, a vida é feita de momentos, por isso devemos vivê-los intensamente.
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