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Artigos-->VENEZUELA: INCERTEZA CERCA POSSE DA ASSEMBLEIA HOJE -- 05/01/2016 - 14:44 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


EDITORIAL



O GLOBO - 5/1/2016



VENEZUELA: INCERTEZA CERCA POSSE DA ASSEMBLEIA HOJE



Após pedir renúncia de Maduro, opositor que presidirá a Casa é barrado



CARACAS



A tentativa frustrada do novo presidente da Assembleia Nacional (AN) venezuelana, Henry Ramos Allup, de entrar na sede administrativa da Casa, na tarde de ontem, evidenciou o clima de incerteza que cerca a posse, hoje, dos 167 deputados eleitos, principalmente os 112 da oposição. Pela primeira vez em 16 anos de chavismo, o Congresso será dominado pela Mesa de Unidade Democrática (MUD), uma coalizão de partidos da oposição.

E nos últimos dias, o governo vem tomando medidas polêmicas para tentar diminuir o poder da Assembleia, como a convocação de um “Congresso popular” e a impugnação de três deputados opositores, o que acabaria com a maioria qualificada de dois terços que a MUD obteve em 6 de dezembro. Ontem, Ramos Allup, eleito um dia antes pela MUD como o novo presidente da AN, foi barrado por um segurança na entrada do prédio, após defender publicamente a renúncia do presidente Nicolás Maduro como forma de resolver a crise política.

Ele também denunciou que simpatizantes do governo estariam tentando impedir a transmissão da instalação do novo Parlamento, cortando cabos de áudio. Maduro e a oposição convocaram seus partidários a marcharem hoje. A MUD se nega a aceitar a impugnação dos três parlamentares eleitos no estado do Amazonas, numa decisão classificada por opositores como “manobra judicial”. E afirmou que todos os 112 deputados eleitos tomarão posse. — Nenhuma decisão burocrática, e muito menos por um organismo absolutamente carente de legitimidade, pode frustrar ou burlar a vontade popular — afirmou Allup, que denunciou o chefe de segurança da AN, Esmir Mendoza, por impedir sua entrada no edifício administrativo do Parlamento.



EUA PREOCUPADOS COM INTERFERÊNCIA

Com 54 assentos — um deputado chavista foi impugnado no Amazonas — Maduro também deu seu recado. Após uma reunião com sua base, ele anunciou o nome do ex-líder da juventude do PSUV Héctor Rodríguez, de 33 anos, para liderar o Bloco Bolivariano na Casa. “Vamos defender a dignidade e os direitos do povo. Somos a garantia de paz”, escreveu Rodríguez no Twitter. Ainda ontem, o presidente eliminou, por decreto, a possibilidade de a AN mudar a direção do Banco Central do país, complicando um dos planos da oposição, que pretende mexer na política econômica.

Diosdado Cabello — número dois do chavismo, que será substituído hoje por Allup — também relembrou na rede social uma declaração de Simón Bolívar de 1826: “Jamais um Congresso salvou a República. Sem força não existe virtude, e sem virtude a República perece. Os códigos, os sistemas, os estatutos, por sábios que sejam, são obra morta que pouco influenciam na sociedade”, diz o texto. A tensão em torno da posse fez os EUA expressarem preocupação com uma interferência do governo.

Já o senador democrata Bob Menéndez pediu ontem que o presidente Barack Obama aplique mais sanções a funcionários venezuelanos e exclua o país em foros internacionais. — Estamos preocupados com as tentativas do governo venezuelano de interferir no exercício das funções por mandato constitucional da Assembleia Nacional recém-eleita — disse o porta- voz do Departamento de Estado, John Kirby.

Mais cedo, em entrevista à TV Globovisión, Allup apelara aos deputados eleitos a contribuírem com mudanças e disse que a Casa irá exercer as suas funções como poder autônomo. Ele defende que a renúncia de Maduro ou a convocação de um referendo não representariam golpe de Estado: — Todos sabemos que vale mais sair pela porta da frente da História. Não vamos chegar lá e ficar mudos. A Câmara somos todos os deputados.


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