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| Poesias-->Uma alma acorrentada -- 05/06/2003 - 20:41 (Bruno Rodrigo Cunha Rodrigues) |
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Imagine esperar
E não poder acabar
Imagine querer tombar
E não poder chegar lá
O vento não pode me levar
A água não pode me contar
O medo faz o tempo parar
Quero tudo menos a dúvida
Imagine ter filho
E não poder protegê-lo
Imagine ter um filho
E ser abandonado
Imagine não poder fazer
Aquilo que te foi destinado
Imagine falhar sofrendo
E não estar consciente
Ser sempre supreendido
Mesmo quando estou avançando
Só não funciona com ela
Só posso morrer por ela
Esses laços tão frágeis
Que não estão no sangue
Que me torna tão sereno
Que me causa tanta angústia
Essa vida custa caro
E eu ainda estou pagando
Quero parar a tanto tempo
Mais ainda estou segurando
Esse cordão umbilical
Nas minhas mãos esmagadas
Nas minhas mãos avermelhadas
Eu queria que fosse pra mim
Essa estrada arrebentada
Queria poder assumir
Queria poder sumir...
Essa corda me permite
Enxergar um pouco mais
Mas não posso me mover
Não posso decidir
Então que tudo se vá
Do jeito que você quer
Só queria acreditar
Que está tudo bem agora |
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