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Contos-->O encontro -- 18/02/2003 - 14:20 (Márcio Amaral Mesa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aquele dia o jovem Felipe entrou no trem mais cedo que de costume, conseguiu sentar em um banco ao lado da janela, coisa rara afinal já havia muito tempo que nem mesmo conseguia viajar sentado. Logo, acho que uma estação depois, aquele ambiente mudou-se completamente e o vagão já estava lotado com pessoas se apertando no corredor enquanto outras ainda brigavam para conseguir entrar no trem, Felipe que estava acostumado com o tumulto, mas não com o privilégio de estar bem acomodado, começou a observar tudo de modo diferente e a perceber como eram diferentes todas aquelas pessoas iguais, logo entra um senhora de cabelos bem grisalhos e quando ele já estava se levantando um outro rapaz cede lugar para aquela simpática criatura que, com muita delicadeza agradeceu e sentou-se com um sorriso contagiante.
No decorrer da viagem, Felipe desviou sua atenção para fora descobrindo toda uma paisagem que nunca tinha reparado, quando novamente observou a senhora que ainda mantinha aquele semblante alegre, começou a olhar cada detalhe de sua face, as pequenas rugas, os lábios pouco vermelhos, as sobrancelhas finas e as pálpebras delicadas que pareciam não se fechar enquanto aqueles olhos verdes claros percorriam o texto do livro em suas mãos, com unhas impecáveis.
Quando menos esperava, Felipe se viu ao lado da senhora caminhando em uma areia fina debaixo de uma fileira infinita de coqueiros que amenizavam os raios fortes de sol, ela falava sobre coisas que tinha vivido, sobre o amor que já tinha partido e como era bom poder estar ali, puderam molhar os seus pés na água praia e ela contou para ele segredos da vida, falou da importância da boa convivência com as pessoas, da tolerância e paciência. Felipe se sentia cada vez mais leve e adorava ouvir aquela voz doce que parecia mágica e tinha o dom de prendê-lo.
Felipe falou de seu sonho, queria fazer uma longa viagem por lugares diferentes, onde a natureza fosse exuberante e as pessoas tão cheias de vida como ela, que se tornara a melhor companhia que já tivera.
De repente, o toque delicado das mão de sua companheira em seus ombros e dizendo suavemente em seus ouvidos: - Você estava mesmo cansado meu jovem, espero que já tenha recuperado suas energias pois esta é a sua estação.
- Muito obrigado. agradeceu ele se apressando para descer.
Para sua surpresa, ela também desceu e vinha ao seu lado com aqueles passos curtos e um pouco apressados.
- Como soube que eu deveria descer aqui? é Dona...?- Perguntou ele.
- Moro na mesma rua que você e sempre o vejo saindo pela manhã apressado e chegando exausto todas noites. - disse ela com um sorriso tranqüilizante.
Seguiram caminhando, conversando. Ele contou seu sonho e ela lhe disse que conhecia aquele lugar que ele descreveu. Mas, isto já é outra história.

Márcio Amaral
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