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Poesias-->Antítese -- 06/06/2003 - 23:38 (zena maciel) |
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Não se aborta as palavras com o peso da plumas
Não se congela o pensamento só com a força do coração
Não se penetra no casulo do bicho de seda com
uma batida de porta
Não se apaga pedaços de vida com o branco da borracha
Não se manda no destino com o uso do verbo imperativo
Não se mede as consequências de nossos atos com uma fita métrica
Não se vive o hoje como se tivesse sido o ontem
Não se acalenta a tristeza com uma dose de dipirona
Não se lava a alma com um banho de água mineral
Não se resolve os problemas do ser com as sofisticações dos notebooks
Não se vê só o que as retinas ordenam
Não se deseja só o que é possível tocar
Não se mata um sonho com as hipocrisias da realidade
Não se morre só quando o coração para de bater.
Zena Maciel
06/06/2003 |
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