Usina de Letras
Usina de Letras
279 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62175 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50580)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Fórum de Davos faz dois alertas aos emergentes -- 25/01/2016 - 15:55 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Valor Econômico - 21/01/2016 05:00



Fórum de Davos faz dois alertas aos emergentes



Por



O Fórum Econômico Mundial, encontro anual que reúne nesta semana executivos, acadêmicos, investidores e

autoridades econômicas e políticas na cidade de Davos, na Suíça, traz dois recados para os emergentes. Um é

conjuntural. O outro, estrutural. E ambos preocupam.

Em primeiro lugar é preciso destacar o pessimismo com relação à economia global, evidenciado na pesquisa com

1.409 CEOs realizada pela PwC e divulgada no Fórum. Segundo o levantamento, a confiança dos principais

executivos mundiais está no menor nível em três anos.

Esse pessimismo se acentua em relação aos emergentes, que enfrentam vários choques simultâneos: desaceleração

da demanda chinesa, queda nos preços das principais commodities, desvalorização das moedas, a alta dos juros

nos EUA, aperto no crédito, fuga de capitais. Além disso, há o risco, ainda difícil de avaliar, de uma desaceleração

simultânea nos EUA e na Europa neste ano.

A demanda chinesa não deverá aumentar, e os juros americanos continuarão a subir, de modo que a pressão sobre

os emergentes se manterá por um bom tempo ainda.

Esse é o primeiro recado de Davos aos emergentes: a crise possivelmente será mais longa do que muitos hoje estão

prevendo.

Essas dificuldades fizeram o FMI reduzir nesta semana as suas estimativas de crescimento da economia mundial

para 2016, puxadas para baixo principalmente por conta da freada dos emergentes.

No caso do Brasil, o Fundo se alinhou à faixa mais pessimista das estimativas de mercado, ao prever queda de

3,5% do PIB neste ano e crescimento zero no ano que vem.

Mas o Fórum de Davos propõe também uma análise de mais longo prazo: uma mudança estrutural está em

andamento na economia mundial, que seria o início da já chamada Quarta Revolução Industrial.

É complexo definir essa revolução, mas ela aprofundaria elementos da Terceira Revolução, a da informática e TI, e

faria uma "fusão de tecnologias, borrando as linhas divisórias entre as esferas físicas, digitais e biológicas", como

escreveu Klaus Schwab, o fundador e presidente executivo do Fórum.

Esses avanços, segundo ele, vão da robótica à nano e biotecnologia, da inteligência artificial à computação

quântica, do Big Data aos veículos autônomos e novos materiais.

Schwab acredita que essa nova revolução afetará todos os setores da economia e todas as regiões do mundo. Mas

não do mesmo modo. Haverá ganhadores e perdedores.

O segundo alerta do Fórum Econômico é que muitos dos emergentes, incluindo o Brasil, poderão estar no rol dos

perdedores.

Essa Quarta Revolução Industrial deverá favorecer os países mais desenvolvidos, que detêm a tecnologia, a

capacidade de inovação, a mão de obra qualificada, a cultura de integração, a infraestrutura e o capital necessário

para os pesados investimentos.

Favorecerá assim, diz o Fórum, aqueles países que hoje são mais intensos em capital, em detrimento dos que hoje

são mais intensos em mão de obra barata, que será aos poucos substituída por sistemas e robôs.

O país mais à frente nesse processo talvez seja a Alemanha, onde governo e empresas já estudam e se preparam

para essa transição há anos. Isso pode ser uma das razões que explica a resiliência da economia alemã durante

todos esses anos de crise. EUA e China também liderariam esse movimento.

Alguns emergentes mais integrados ou estrategicamente bem posicionados, como México, Turquia e Índia podem

também se beneficiar de tais mudanças, diz o Fórum.

Na outra ponta estão outros emergentes de nível tecnológico médio, como Brasil, África do Sul e países do Sudeste

Asiático, que tendem a sair perdendo. Correm ainda esse risco alguns países ricos menos preparados, como a

Itália.

O Fórum calcula que mais de 7 milhões de empregos podem ser eliminados por conta de inovações tecnológicas

até 2020. Basta pensar em táxis, ônibus e veículos de transporte de carga sem motoristas.

Por outro lado, cerca de 2 milhões de novos empregos seriam criados nos setores que se beneficiarão das

mudanças tecnológicas, mas principalmente nos países mais avançados.

Crescimento baixo no curto prazo e uma mudança de paradigma econômico global de médio e longo prazos

constituem um duplo desafio, difícil de administrar para o mundo emergente. Se isso não ocorrer, alguns

emergentes vão se distanciar mais dos países ricos. Parte desse mundo pode submergir.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui