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Contos-->Sete homens e um forró -- 19/02/2003 - 10:41 (Sérgio Morango) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Adélio, Luís Rufino, Faustino de Goró, Zé Tabacão, Cristino, João Paieta e João Alencar, sete amigos que começaram juntos a correr vaquejada, menos João Paieta que tinha os dois braços atrofiados, porém acompanhava os amigos em todo lugar.

Depois de correr os bois do primeiro dia vem a noite na vaquejada, todo mundo indo pro show e os sete já no processo de descolar com as potranquinhas, nisso passa um lote de sete mulheres, cada uma mais bonita que a outra.

Faustino, o mais atrevido da turma, diz pra uma loirinha: - você avisou pro seu pai que eu só lhe entrego casada?. Nisso ele só sente o peso da mãozada no pé do ouvido. A loirinha era a única que tava acompanhada. Começa o rebú, é todo mundo trocando porrada. Faustino quando levanta já vai atirando, um dos tiros pega na caixa de força e apaga tudo – acabou-se o show, os sete amigos conseguem sair da confusão e se encontram no caminhão. Depois de comentarem sobre o ocorrido, resolvem procurar um brega pra não perder a noite, vão direto pra Rua do Sapo, lugar onde se concentravam todas as putas da cidade. A idéia era a seguinte: encontrar um cabaré que tivesse sete quengas e alí fazer a festa. No terceiro que entraram encontraram Geralda, Solange Pé de Cunhão, Adélia, Zefa Sanfoneira, Nalva Pinguelão, Dorinha Fuleira e a Viúva Mazé. Com exceção de Dorinha que tinha uns 25 anos e da Viúva Mazé que chegava os sessenta, todas as outras estavam na faixa dos 40 anos.

Começaram a fazer seus pares Adélio e Adélia, Luís Rufino e Nalva Pinguelão, Faustino de Goró e Dorinha Fuleira, Zé Tabacão e Solange Pé de Cunhão, Cristino e Geralda, João Alencar e Zefa Sanfoneira, e João Paieta teve que ficar com a Viúva Mazé. O forró come na canela, as garrafas de cana vão descendo, é mão na Bunda, peito na boca e todo mundo ficando nú. Paieta carrega logo a viúva pro reservado, pensando em acabar logo com o sacrifício, mas a viúva era mestra na arte da alcova, e naquele cubículo separado somente por uma cortina, dotado de um colchão e uma penteadeira que ostentava um vidro de Charisma e uma foto do falecido, pois bem, Paieta foi ao delírio quando a viúva se desfez da dentadura e ao mesmo tempo que fazia seu trabalho com a boca cheia, gemia a marcha nupcial. Paieta achou aquilo incrível e de olhos fechados, delirando, quase hipnotizado, nem sentiu quando a viúva passeava seus dedos na “periferia do boga”, tão intacto quanto sua masculinidade. No momento que o êxtase se aproximava, a viúva ia trocando de melodia, passou a gemer “Jingle Bells” , e no ápice do gozo de Paieta a viúva já gemia ao som de “Vassourinhas”. João Paieta ainda incrédulo no orgasmo melódico que acabava de ter quando ouviu uma voz grossa, cavernosa, daquelas que você tem certeza que vem do além e que chamava: “-Mazeeeé”. A Viúva num pulo só gritou: - É meu marido!, daí segue-se o seguinte diálogo, com Paieta branco de medo:

Paieta –E seu marido não morreu?
Viúva- Morreu!
P- E ninguém avisou ao corno que ele já era?
V- De vez em quando ele vem pertubar os clientes.
E a voz continuava “MAZEEEEEÉ”
P- Responda mulher.
V- Eu não! Responda você!
P- Mas ele tá chamando você!
V- Chame por ele Tião!
P- Que mané chame por ele, tá ficando doida mulher?
V- Chame Tião o nome dele é João Paieta!
“QUER FICAR RICO JOÃO?”, perguntou a voz do finado Tião.
V- Diz que quer besta!
Nisso os olhos de João já brilhavam, e se enchendo de coragem, ele responde
P- Que-quero!
Tião-“VÁ DAR O CÚ!”
P- VAI TU ALMA FRESCA!

E os amigos explodem numa gargalhada só. Tinham pego o mais presepeiro da turma.
A partir daquele momento João Paieta ficava conhecido também como Pé de Lã de Cemitério!

por Sérgio Morango
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