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Poesias-->Memórias de um ancião em 37 -- 16/09/2000 - 01:20 (Marcello Shytara) |
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Memórias de um ancião em 37
Quando aos 18 voltei
Vi os 5 ainda no por quê
Ganhei projeções aos 7
E gritei aos 13
Não foi fácil
Depois dos 17
Percebi as falsas crenças
E seus desvastos reis
Que em valsas, dançamos...
E foi ainda nesses que uivei
Aos quatro cantos
Ventos fortes arrastaram
Nossos gritos de prazer
Beirando aos 18
Vi-me em estradas libertas
Caminhei sem nada buscar
—Que sentido teria estar
Na estrada liberta, algo a buscar?
Foram nesses metros caminhados
Que vi cair em terra
Minhas doutrinas comidas aos 2
Atingi os 27 e orei
Oras! Orei a mim mesmo!
Pois meu “deus” interior
Começava a se desgarrar
Meu cordão umbilical
Cortou-se das crenças pragmáticas
E quando aos 37 travei
Guerras impessoais
Devido aos 7 mil anos
De informações impostas
Necessário se vez, pois só assim...
É que poderia chegar aos 45,
58, 69, 71, 88 e enfim aos l20
Quando os viver, contar-lhes-ei.;
Que vi:
Um mundo mais azul
O UNO mais vermelho
Os seres negros eliminados
Os magos de trevas queimados
Os bruxos de dois corações amados
Os bons de língua, deslinguados!
Os utópicos mistificados
Os anjos felizes sexuados
E as mulheres nos seus rebolados
Eternos gingados, a recriar a vida.
Marcello “Shytara”
23/04/00
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