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Artigos-->Desmanche nacional e gandolas de brim -- 12/02/2016 - 09:57 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Desmanche nacional e gandolas de brim







Desde que recebi a mensagem "Desmanche nacional", vi na mesma uma mal disfarçada defesa das empreiteiras envolvidas com o "Petrolão". Afinal, se as grandes empresas internacionais podem sofrer (e sofrem) punições financeiras vultosas em virtude de “malfeitos” (apud Dilma Roussef) praticados por funcionários seus ou por erros operacionais, não há porque considerar que as nacionais não possam sofrer o mesmo castigo. Se, eventualmente, elas falirem, outras tomarão o seu lugar, mais cedo ou mais tarde. O caso da Odebrecht é bem um exemplo de como as coisas aconteceram: ela foi INDICADA pelos franceses para a construção da base de submarinos e a fabricação desses meios. Qual a razão dessa preferência? Quem ganhou (ou deixou de ganhar) com isso? Daí o governo estar “quebrando o galho” das empresas já que, por enquanto, não pode fazer o mesmo com os dirigentes (pelo menos, até chegar ao STF).



 Assim, como recebi mensagem (“Desmanche nacional e gandolas de brim”) versando sobre o assunto fiz a montagem que se segue e considero, salvo melhor juízo, bem elucudativa.



OJBR



[OJBR - Osmar José Barros Ribeiro, coronel do Exército]







“Rapaziada:







Esta mal disfarçada peça de propaganda esquerdista não tem autor, o que já a faz suspeita.  Vamos a ela, parágrafo por parágrafo:





 



O atraso dos cronogramas é a possível inviabilização dos programas de modernizações das forças armadas e um dos efeitos colaterais do modo como a troika Poder Judiciário, Ministério Público Federal e Polícia Federal estão combatendo a corrupção.





01) Aqui há uma tentativa clara de se atribuir ao Judiciário, ao Ministério Público e à Polícia Federal (coletiva e depreciativamente designados como "troika") a responsabilidade pelo desmantelamento das Forças Armadas (FA, doravante), o que é inteiramente falso, pois isso começou em 1985, como se verá mais tarde.







A Construtora Norberto Odebrecht, através da Odebrecht Defesa e Tecnologia, controla as empresas responsáveis pela fabricação do submarino nuclear brasileiro, é um dos principais alvos da Lava a Jato e da sua sanha aniquiladora. Extrapolar do indivíduo a punição para que atinja o seu patrimônio, além das multas justificadas, relembra a antiga prática de salgar o solo que pertencia ao condenado, para que nada mais nascesse ali.  



02) Neste segundo parágrafo, além da menção falsa e melodramática á "sanha aniquiladora" da Lava Jato, pondo a Odebrecht como impulsionadora do submarino nuclear brasileiro, o autor (quem é, falando nisso?) sugere que a Polícia Federal pretende acabar com a Odebrecht, o que deveria gerar processo por calúnia contra a página que hospedou o artigo abaixo, vez que o autor permanece anônimo.







O Vice Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, que liderou o programa brasileiro para domínio do ciclo do enriquecimento do urânio, está preso por acusações, que antes de uma condenação transitada em julgado, não leva ninguém para a cadeia. Sem ele dificilmente o Brasil hoje teria condições próprias de fabricar combustível a partir do urânio.



03) Se o Vice-Almirante Othon Pinheiro da Silva está preso, então trata-se de prisão preventiva, prevista em todos os códigos legais apropriados. Não sendo sentença condenatória não depende de trânsito em julgado, portanto o autor (quem será?) mente sem qualquer inibição.







Agora o MPF reabre o inquérito sobre a aquisição dos caças Gripen, da SAAB, que pode provocar o cancelamento do contrato de compra, afinal qual empresa quer ser jogada no picadeiro do circo midiático que paralisa hoje o Brasil? Sem ele não receberemos transferência de tecnologia de ponta da empresa sueca.



04) Se houver irregularidades na compra dos caças suecos, essa compra deve ser sustada de imediato e seus responsáveis punidos na  forma da lei, o que salta aos olhos de todos, menos aos do autor (quem é mesmo?), a quem prometo uma Novena a Santa Luzia, protetora da visão.







A FAB utiliza caças projetados inicialmente na década de 1950, que apesar das modernizações que sofreram estão totalmente obsoletos. No máximo, nos países mais ricos, são utilizados como aviões de treinamento.



05) Se a FAB está com equipamento ruim, que vá reclamar dos governos "democráticos" que temos desde 1985, sem esquecer que o orçamento das Forças Armadas, já pequeno, foi drasticamente reduzido na "era PT".







O projeto do submarino nuclear brasileiro está décadas atrasado. O Brasil possui tecnologia para a fabricação de submarinos a diesel e desenvolvia os equipamentos para a propulsão nuclear. Com o descaso governamental e os pequenos orçamentos para o projeto, nas últimas décadas, decidiu adquirir no exterior, na França, um pacote tecnológico para equipar a Marinha com o tão necessário submersível, queimando etapas e acelerando a construção. Hoje isto corre o risco de não se concretizar, novamente devido a cortes orçamentários e principalmente ao assédio ao grupo que o construirá.



06) Este sexto parágrafo é um "Adagio Lamentoso" sobre o submarino nuclear brasileiro, projeto que até o Governo Figueiredo andava bastante bem. O articulista (quem será?) culpa "cortes orçamentários" sem mencionar quem os fez e "assédio ao grupo que o construiria", mais uma vez tentando livrar a Odebrecht da investigação que tem de ser feita. No mínimo suspeito, não?







O Brasil hoje não possui a menor condição de se defender. A indústria bélica nacional que se fortaleceu na década de 1970 começou a desaparecer no governo Sarney (PMDB-AP), foi definitivamente sepultada durante o tucanato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP).



07) Este parágrafo começa com uma meia-verdade que, todos sabemos, invariavelmente é uma mentira por inteiro: é verdade que a indústria bélica nacional era forte nos anos setenta, declinou um pouco no Governo Geisel (ver "Ideais Traídos", do General Sylvio Frota) e sofreu cortes sucessivos de verba a partir de 1985. Mas essa indústria não foi "sepultada" (seja isto o que for) no Governo Fernando Henrique. Ainda que supuséssemos que assim tenha sido, por que Lula e Dilma não a ressuscitaram, preferindo gastar nosso dinheirinho suado na ajuda a conhecidos ditadores sul-americanos e d&
39;além-mar?








Hoje em dia compramos sucata para as forças terrestres, como o tanque Leopard 1A5, após o fim da sua vida útil em outros países. Este veículo blindado que "moderniza" o nosso Exército é tecnologicamente mais atrasado que o tanque brasileiro Osório, desenvolvido pela Engesa, há mais de trinta anos.



08) O oitavo parágrafo apenas confirma meus comentários acima.







Para o combate a corrupção e a punição dos corruptos não é necessário desmontar e destruir empresas e projetos essenciais ao país, porém tenho a impressão que os agentes responsáveis pela persecução consideram mais importante a autopromoção e a fama fácil que a segurança nacional. Posam de paladinos da moralidade pública, e mesmo se atingirem as suas metas continuarão em meio à podridão. As administrações públicas que possuem como principal objetivo a manutenção da elite dirigente no poder permanecerão. Pois as questões de fundo que são os atuais sistemas político-partidário e eleitoral e a apropriação privada do patrimônio público, que gera os recursos necessários para esta permanência, contaminam todas as esferas administrativas. A operação Mãos Limpas, na Itália, pariu Silvio Berlusconi, quem será o rebento da Lava a Jato?



09) Agora vem um verdadeiro festival: a sempre criticada Polícia Federal não está desmontando ou tentando destruir empresa alguma, está cumprindo o seu papel constitucional de investigar falcatruas, ainda que o autor (quem é, caramba? ) esteja mais preocupado em acusar uns e outros de "auto-promoção" e da busca de "fama fácil". Transcrevo: "Posam de paladinos da moralidade pública, e mesmo se atingirem as suas metas continuarão em meio à podridão." Sem comentar os erros de pontuação, pergunto: quem são esses "paladinos" e em que podridão chafurdam? Adiante, ainda neste parágrafo, uma pérola: "A Operação Mãos Limpas, na Itália, pariu Silvio Berlusconi". E uma perguntinha de má-fé típica: "Quem será o rebento da Lava Jato?"



Aqui cabe explicação detalhada: 



i) supor que Berlusconi é produto da Operação Mãos Limpas é incorrer em erro crasso de Lógica descrito pela locução latina "Post hoc, ergo propter hoc", ou seja, o acontecimento posterior é causado pelo anterior. Isto é claramente absurdo, produto da má-fé do autor (que é o famoso QUEM?) e há dois exemplos clássicos para demonstrar essa falsidade, a saber:



a) os galos cantam e logo depois o Sol nasce, mas o nascer do Sol não é consequência do canto dos galos, certo?



b) o sujeito veste a cueca pelo avesso e acerta no milhar. Tira daí a conclusão óbvia e errada que foi a cueca que lhe "deu sorte". Há muitos outros exemplos, cada um invente o seu. Voltemos ao texto.



ii) "Quem será o rebento da Lava Jato?"



Pessoalmente gostaria que, no tocante ao combate á corrupção, fosse um cruzamento de Torquemada com Robespierre, por que não? E nem precisaria o "rebento" de ter o fim que os indigitados acima tiveram, por mim morreria de velhice, cercado pelo respeito e afeto de todos nós.







O modo como as investigações vazadas são utilizadas pela imprensa parecem dirigidas para algo muito além do PT, a soberania nacional. A catarse induzida pela mídia é direcionada para que a terra arrasada seja o desfecho desejado por todos. Mesmo as iniciativas corretas tomadas durante os governos Lula e Dilma não estão apenas sob suspeição, são alvos de ataques que visam a sua total destruição. Independente de serem benéficas para a nação.



10) Aqui, no décimo parágrafo é muito mais clara a tentativa de associar o PT (além da Odebrecht) à manutenção da Segurança Nacional, desta vez apelando ao patriotismo, que sabemos, a partir de Samuel Johnson ser "o último refúgio dos canalhas". Chega a ser engraçado ver o autor ("cuma é o nome dele?") acusar a imprensa, toda ela esquerdista, sem exceção, por este "crime". Não custa apontar que as iniciativas de Lula e Dilma, soltando dinheiro para várias ditaduras de esquerda mundo afora, enfraqueceram mais o Brasil do que todas as Lava Jato possíveis e imagináveis. Além do mais seria interessante saber o que o autor (mais anônimo do que a mulher de Putifar) considera "as ações corretas tomadas nos governos de Lula e Dilma".







No Planeta Terra não existem nações amigas, o que conta são os interesses nacionais de cada uma delas. Principalmente os das mais poderosas. Quando vejo um brasileiro criticando os gastos militares a única coisa que consigo pensar é: nasceu com vocação para capacho. Em geral perguntam com a inocência dos tolos quem irá nos atacar, ora, qualquer um dependendo da situação, do momento e das complicações geopolíticas. E o ataque pode se dar de várias formas.



11) Transcrevo, não há outro jeito: 



"No Planeta Terra não existem nações amigas, o que conta são os interesses nacionais de cada uma delas."



Que belo, comovente, esplêndido lugar-comum! Vou gravá-lo em placa de bronze e pendurá-la na parede do meu escritório, ao lado da fotografia do Conselheiro Acácio! Aproveito a oportunidade para sugerir ao autor (esse desconhecido) que escreva ao Camarada Putin solicitando a mudança de nome da "Universidade Internacional para a Amizade dos Povos Patrice Lumumba", quem sabe trocando a "amizade" por "interesse nacional".



Cabe aqui outra pergunta ao articulista ("em que mundo, em que estrela tu t&
39;escondes, embuçado nos Céus?"): vosmecê também defende os gastos militares dos governos do regime de 1964? Por favor, mostre-nos o que escreveu a respeito.







Neste século XXI dois países foram completamente destruídos, Síria e Líbia, e outros estão em tal situação que serão necessárias décadas para retornarem ao que eram há dez ou quinze anos, como a Ucrânia. 



12) Síria e Líbia destruídas? Podem estar em escombros, como a Síria, em guerra civil, tendo de escolher entre Bashar al Assad, um facínora, e a barbárie islâmica, esta vencedora e dona absoluta do que restou da Líbia. Já a Ucrânia, desde 1917 tenta desvencilhar-se do jugo russo jamais o conseguiu. Rica em ferro, petróleo, carvão e com o solo fertilíssimo, sofreu horrivelmente por causa disso (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1046) . 







O atual poder hegemônico mundial, os EUA, está em declínio relativo, e isto provocará ainda mais mudanças, zonas de influência e interesses econômicos sofrerão alterações. Como já está ocorrendo hoje. Os países citados acima foram tragados nesta dinâmica. A história nos mostra quem nenhum império cede poder sem antes confrontar os desafiantes, isto causará dor e nenhum país do mundo estará imune a ela.



13) Finalizemos: falar em "hegemonia" dos Estados Unidos é burrice crassa, piada de mau gosto ou auto-definição de canalhice, quando a Rússia invade a Ucrânia, mostra as garras aos Países Bálticos e rosna para o Cáucaso, já tendo matado um monte de gente por lá. Isto sem falar da China, dona do maior exército do mundo, bem armada e com uma economia cujas oscilações põem todos os países em risco.







Vermelho não



Confesso não ter entendido o "Vermelho não" que finaliza o artigo. Supondo seja verdadeiro, que tal substituí-lo por fúcsia, solferino, magenta, cor-de-rosa ou similar? À consideração dos leitores, a quem peço desculpas pela encheção de saco, pelo tempo despendido e, principalmente, por divulgar artigo anônimo, coonestando assim a covardia e o péssimo caráter do autor. Uma das minhas manias é não deixar propaganda comunista sem resposta.



Gustavo Aguiar Rocha da Silva (para que não hajam dúvidas).”





 




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