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Poesias-->ULTIMATO -- 11/06/2003 - 12:39 (Morgana Meirelles) |
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ULTIMATO
Porque não chegas neste fim de tarde
Porque me deixas arder nesta saudade
Que me queima, me atiça, me alucina,
E incendeia minha dor
Transformando em cinzas
O que restou do nosso amor
Porque não chegas nesta noite
Porque me deixas neste silêncio insone
A debater-me em abandono
Nesta espera arida
De saber-te em ausências
Porque não chegas com a madrugada
Porque me deixas nesta amargura
A lembrar de quanta ternura és capaz
No vazio do leito de onde me exilastes de ti
Eu te cultivo sem medo e te tenho em segredo
Porque não chegas com a aurora
Porque me deixas com este pânico do agora
Sabendo que há muito fostes embora
Como então renascer em esperança
Se já sinto em ti oxidar minha lembrança
Porque não chegas agora, a qualquer hora,
Posto que em mim a vida só se renova em ti
Chega sem demora, não perde a hora ou
Irei para onde mora o breu da noite sem Deus
De onde finalmente te direi adeus
MORGANA
Rio de Janeiro, 10/06/03
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