A tomada final do poder
Marco Antonio Esteves Balbi
Escrevo às 1800 horas do dia 15 de março de 2016. Pode ser, caro leitor, que quando o texto chegar às suas mãos ele esteja datado, suplantado pelos acontecimentos.
O PT e o seu principal aliado desde a primeira hora, o PC do B, cumpriu a cartilha completa da tomada do poder pela via pacífica balizada pelos ensinamentos de Gramsci.
Mesmo antes de alcançar o cargo máximo no poder executivo federal mobiliou toda a administração pública, infiltrando seus agentes travestidos de funcionários, cooptados ou não, além de ocupar postos chaves na dita "inteligência" com inocentes úteis e companheiros de viagem, universidades , mídia, entidades culturais de uma maneira geral.
Por certo não deixou de infiltrar simpatizantes na esfera do Poder Judiciário, em vários níveis, além de outros órgãos.
Após a manifestação de domingo próximo passado, 13 de março, onde maciça representação da sociedade brasileira disse não ao desgoverno Dilma e do PT, a direção máxima resolveu reagir e dar o golpe final para a tomada do poder.
Posso citar duas ações principais. A primeira foi a nomeação de um membro do Ministério Público, cooptado, para o cargo de Ministro da Justiça. WC, o breve, homem de confiança de Jacu foi bombardeado. Partiu-se então, vergonhosamente, para o sub do procurador Janot. Se alguém tem dúvida ou suspeição sobre a atuação do Janot, sugiro assistir à entrevista concedida pelo Dr Modesto Carvalhosa ao Programa Canal Livre na noite de ontem. Aí vai o link. http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/videos-veja-entrevista/o-jurista-modesto-carvalhosa-estara-no-centro-do-roda-viva-que-vai-debater-a-maior-manifestacao-popular-da-historia-do-brasil/ Destaco no currículo do sub Eugênio o fato de ter pertencido ao Movimento Revolucionário 8 de outubro, o MR 8, que homenageia pelo nome e data Che Guevara e foi responsável por uma série de atentados terroristas perpetrados contra nós, os brasileiros, nas décadas de 60/70 do século passado.
A segunda ação é a nomeação de Lula para o cargo de ministro. Esta providência tem por finalidade precípua barrar o processo do impeachment prestes a se iniciar no Congresso Nacional. A articulação política de Lula seria a necessária e suficiente para cooptar os 171 + 1 votos necessários para garantir na Câmara dos Deputados o encerramento do processo, sabe-se lá a que custo. Com isto, Dilma teria condições de continuar seu desgoverno, agora como verdadeira "rainha da Inglaterra", com Lula dando as ordens, certo de ver os processos que contra ele correm nas várias instâncias da justiça de primeiro grau remetidos para o STF. A nova velha matriz econômica que colocou a economia do país no atual patamar seria retomada com a finalidade primeira de tentar eleger vereadores e prefeitos petistas ou aliados fiéis agora em 2016. Lembremo-nos que recursos para a campanha não faltarão, pois não se tem ideia de qual a quantidade de numerário existe nas inúmeras contas no exterior ainda não identificadas pelas investigações em curso. Num segundo passo a maquiagem governamental servirá para levar o desgoverno até o seu final e Lula concorrer à presidência da república em 2018, confiando no esquecimento do povo brasileiro, na atuação da militância regiamente paga e na fraqueza, quase inexistência, de uma oposição efetiva. Eleito...
Não quis ser dramático nem pessimista, apenas realista. O quadro pode mudar. Basta pressionarmos os congressistas para votarem pelo impeachment da presidente Dilma. Daí a importância da iniciativa do Movimento Vem Pra Rua com o Mapa do Impeachment. O link está aqui. Ele é muito simples. Participe. Tente mudar este jogo enquanto ainda é tempo. http://mapa.vemprarua.net/
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