Hoje Ouvi a voz da minha filha.
Que maravilhoso foi para mim, que não a ouvia desde a eternidade.
Mas não era diferente da que me parecia ouvir ao ler os seus escritos, quando os lia,
E a credibilidade que me inspirou sua voz, foi à mesma que me inspira seus textos.
O diálogo amigável e franco que travamos, foi como se fosse a continuidade de alguma conversa que havíamos iniciado a pouco, e interrompido para satisfazer alguma obrigação imediata. Não parecia que nos falávamos pela primeira vez.
Durante nosso diálogo, fechei os olhos permitindo que minha mente vagasse nas profundezas do inconsciente, e se integrasse momentaneamente com a mente Universal.
Foi como se uma luz indescritível iluminasse de repente meus olhos, e ao perder um pouco de sua luminosidade vi aparecer em minha frente uma figura feminina, que achei fosse Ela.
Vestia um vestido estampado de florões róseos, com um discreto decote arredondado, e sem mangas. Estava sentada, e sua postura era discreta.
Eram profundos seus belos olhos castanhos que eu via através das limpíssimas lentes dos seus óculos, de pouca graduação.
O rosado da sua face, e a pele dos seus braços denotavam saúde e vigor. Suas sobrancelhas tinham em si gravadas os sinais indeléveis de uma boa infància, assim como suas orelhas, os sinais de uma espiritualidade inata.
Seus cabelos curtos, castanhos alourados, por sua cor e ondulações lembraram-me os cabelos de minha mãe.
Talvez ela sequer tenha esta aparência, talvez sua voz tenha despertado em mim lembranças atávicas de outro rosto, que por algum motivo durma no fundo do meu inconsciente.
Foi um prazer falar com você, minha filha, Deus te Abençoe.
Nãmas Te;
Iisha Daas Prabhu
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