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Artigos-->A CZARINA DILMA VENCE SUPREMAMENTE -- 01/04/2016 - 08:20 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A CZARINA DILMA VENCE SUPREMAMENTE



Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo



Não é à toa a fama que os governos do Partido dos Trabalhadores-PT conquistaram desde 2003, quando Lula assumiu a Presidência da República pela primeira vez, no sentido de estarem traçando políticas na linha “esquerdista”, ”socialista”, ”marxista” ou “comunista”, nos  dois últimos citados  sempre procurando escamotear tais expressões, por razões óbvias.



Um dos livros que mais marcou época na marcha da civilização foi o romance “A Mãe” (1907),de Máximo Gorki, escritor russo que viveu durante a transição da literatura russa do final do século XIX para a literatura ideológica desse país no século XX. Trata-se de uma história revolucionária e romântica, até mesmo  quase ingênua. Descreve a desgraça, tristeza e  miséria do povo russo no tempo do Czar Nicolau II, que governou a Rússia  de 1894 até 1917,quando foi deposto pelos bolcheviques. O cenário do livro se passa num grupo de jovens operários russos influenciados pelas ideias bolchevistas, aceitando-as  no intuito único de se acabar com a miséria e as injustiças que vitimavam os operários e camponeses russos ,universalizando-as,  contudo ,para que se ampliassem tais medidas para todo o mundo. Esses jovens idealistas do romance não buscavam poder, mas queriam acabar com o poder como ferramenta de opressão.                                                                                                                            



O jovem PAVEL, que era o líder do grupo, é o principal personagem do livro. Seu pai  o serralheiro Mikhail, era um operário oprimido na fábrica onde trabalhava e opressor em casa, sempre bêbado e maltratando a família. Em compensação a “mãe” de Pavel, Pelágia,  era uma grande mulher que só tinha virtudes, personificando toda a força que deve ter uma mulher revolucionária que sofria em silêncio os males da Rússia czarista, dentro e fora de casa. O marido  morre e  Pelágia resolve acompanhar o filho na sua empreitada idealista, sentindo-se a” mãe” da revolução em plena gestação.



Dez anos após o romance  de Gorki - que amadureceu  e deixou preparado o espírito do povo russo para a grande mudança que se iniciaria - Lenine lidera a Revolução Russa, depondo Nicolau II. Mas a Revolução Bolchevique muda drasticamente de rumo quando, de 1922 a 1953, Stalin  assume o poder e espalha o terror por toda a Rússia. Hoje até é possível generalizar que a semente marxista plantada por Máximo Gorki, em 1907,com o romance “A Mãe”, sofreu através dos tempos, em todos os lugares que experimentaram o “socialismo”, uma mutação negativa, um processo degenerativo na sua  gênese, que fez com que o socialismo adotado na prática  se tornasse pior que os modelos que antes combatia, tanto em violência, quanto em corrupção. O Brasil é grande exemplo, mesmo que com políticas socialistas governamentais de “meia tigela”, mais que tudo para alimentar corruptos e fazer demagogia.



O jovem Pavel, nas suas “andanças” revolucionárias, foi  preso várias vezes, mas tinha plena consciência que nenhum argumento seria capaz de livrá-lo das  “garras” da  justiça do Czar Nicolau II, mesmo que o “crime” a ele atribuído não passasse de simples panfletagem ou mera manifestação do seu pensamento. Antes de ser julgado, ele sabia que já estava condenado. Mas tinha consciência que essa situação estava inserida exatamente dentro do  contexto político, social e econômico que vigia na Rússia, e que ele tanto combatia, pacificamente. Mas essa pré-condenação que Pavel sabia existir, e que ele repetidamente  denuncia no romance, residia no fato de que TODOS OS TRIBUNAIS DE “JUSTIÇA” da Rússia eram preenchidos por homens da estrita confiança do Czar, que os nomeava livremente, e que assim somente executavam as suas ordens, proferindo as suas sentenças com recheios jurídicos decorativos e palavras bonitas, mas que nunca desviavam um só centímetro da vontade do imperador. Esses tribunais não tinham nenhuma independência.



Porventura alguém poderia supor que esse detalhamento da Justiça dos “Czares” estaria configurando alguma comparação ou “insinuação”  com o que se passa nos Tribunais Superiores do Brasil, inclusive no STF, onde todos os seus membros são nomeados conforme a vontade do Presidente da República, o nosso “czar”, o nosso “imperador”?



O “Czarismo” foi o sistema político adotado na Rússia de 1547 a 1917 (terminou com a Revolução Russa), caracterizando-se pela falta de liberdade quase absoluta do povo,  inclusive da nobreza. “Kzar” era o título dado ao Imperador Russo (“Kzarina”,no caso de mulher) que governava de forma absoluta e que se confundia com o próprio Estado. A  Kzarina Catarina II, ou Catarina, a Grande, por exemplo, governou a Rússia de 1762 a 1796, com mão de ferro, e sua maior característica foi uma sede de poder insaciável, usando todos os meios para que os seus poderes não tivessem limites. É por essa razão que pedi emprestado a ela o seu maior título, ”czarina”, para ser acoplado ao nome da atual Presidente do Brasil no título desse texto. Mas onde poderia existir alguma ligação entre as duas “kzarinas”,a da Rússia e a do Brasil?  Essa ligação reside na forma de governar e também nas características comuns semelhantes  que elas têm, onde emergem “taras” incontroláveis. Catarina II tinha fama entre o povo russo de ser tarada, pervertida e depravada nas suas práticas sexuais, e muitos até diziam, com base em “fofocas” que circulavam na época, que ela teria morrido fazendo sexo com um cavalo. Mas a “tara” de Dilma Rousseff, Presidente do Brasil, é bem diferente. Ela residiria na ligação exagerada e  inexplicável que a Presidente tem com Lula, seu líder máximo, que ultrapassa os limites de qualquer admiração, apreço, afeição, amizade, amor ou respeito, chegando ao nível de “idolatria”, e mesmo de “endeusamento”, numa ligação até  doentia que só os psicanalistas ou psiquiatras poderiam explicar. Assim, quando se trata de julgar Lula por qualquer coisa  de ruim que ele possa ter feito,  Dilma manda tudo o que possa ter  de  bom senso e capacidade de juízo de valor para o “espaço”. Exemplo disso é a recente entrevista que ela deu à imprensa, na presença  de Lula, referindo-se a ele a todo o instante como “meu presidente”, transferindo-lhe, sem, autorização da Justiça Eleitoral, o diploma que recebeu , até esquecendo que esse  cargo hoje é ocupado por ela mesma. Ora, se isso não é uma relação doentia, uma “tara”, nada mais será.



Esse “passeio” pela Rússia do início do século XX foi necessário para se  dar maior suporte à acusação que ora estamos propondo, no sentido de que os papeis dos  personagens do romance de Máximo Gorki, ”A Mãe”, de 1907, INVERTERAM as suas posições se  transplantados para a realidade política, social e econômica do Brasil, de 2016. Como assim?  É fácil de explicar.



Na Rússia antes de outubro de 1917, as duas classes político-ideológicas  eram , de um lado, o “Czar”, e toda a Classe Dominante ( nobres, ricos, etc) da Rússia;  do outro, a “turma” dos jovens revolucionários marxistas, liderados por Pavel, e de todos os operários e camponeses russos. Mas no Brasil de hoje os protagonistas e seguidores da ideologia socialista (que seria a” turma” do Pavel) tomaram o poder mediante uma “democracia” degenerada, deturpada,  melhor dito, da OCLOCRACIA, formando uma imensa quadrilha de privilegiados à volta do poder, como no tempo dos czares, reservando para si mesmos quase todos os benefícios do Estado e da economia, uns legais, porém  imorais, e outros tantos  flagrantemente  ilegais, até criminosos, como os provindos da desenfreada corrupção que se generalizou mais fortemente após a montagem do império do PT, que antes também existia, porém em menor  escala.



 



Resumidamente, instalou-se no Brasil de hoje a “Corte da Kzarina”, que apesar de distribuir muitas esmolas  aos pobres num regime assistencialista barato -  que  ao lado da corrupção levou o país à falência moral, econômica, social e política - investiu pesadamente contra todos os direitos da sociedade civil, dificultando como nunca a sobrevivência das pessoas não ligadas, de uma ou outra forma, ao “status quo” político dominante. Esses parasitas que na verdade nada produzem - e  que se “encostaram” no Governo com altas remunerações ,e alguns “dinheirinhos por fora” (corrupção) ,conseguiram implantar  uma espécie de “consórcio” com os empresários que realmente produzem, e que de certa forma até se venderam e se submeteram à condição de semiescravos do Estado, que lhes suga em impostos imensa fatia do que produzem, trocando favores entre eles, políticos e servidores públicos, de um lado, e empresários, do outro, como recíproca proteção, numa cumplicidade indecente. Mas esse “apoio” às coisas do Governo também é dado pelos que nada produzem, como banqueiros e outros rentistas parasitas, que sempre têm assegurados os seus imensos lucros (da usura) pelas políticas governamentais que sempre compram, pagando bem por esse apoio, ao permitir-lhes a continuidade da prática da usura ilimitada. Tudo isso significa que o discurso do governo de trabalhar mais para os pobres é falso, porque ele trabalha mesmo é para os ricos, apesar da política de distribuição de esmolas pretender ocultar essa situação.



Mas capítulo à parte nesse paralelo entre os “ksarismos” russo e brasileiro está reservado à análise  dos respectivos “poderes judiciários”, que são idênticos nas duas situações, apesar da maior dissimulação feita no Brasil.



Não há maior prova dessa acusação agora feita do que a vitória judicial do Governo Dilma Rousseff, junto ao Supremo Tribunal Federal-STF, no episódio da nomeação do Sr. Lula da Silva para Ministro do seu governo, dando-lhe “salvo-conduto” para escapar da ação da Justiça verdadeira, apesar de todas as irregularidades apontadas e comprovadas nas instâncias  judiciais inferiores, único lugar onde a Justiça brasileira ainda funciona.



Se porventura algum “ET” intergalático pousasse a sua nave agora no território do Brasil, e se deparasse com os desdobramentos judiciais da Operação Lava Jato, sem dúvida ele ficaria maravilhado com a agilidade da Justiça Brasileira, funcionando mais rápida que um relâmpago, e talvez procurasse copiar esse modelo para aplicá-lo no seu planeta de origem, ou que fosse adotado em toda a dimensão cósmica, onde não haveria nada igual ao que observara por aqui. Mas esse  alienígena “coitado” certamente não poderia ter imaginado que os acontecimentos políticos e jurídicos nessa porção do Planeta Terra poderiam ser enganosos, como frequentemente o são, por falsas aparências. Mal saberia ele, por exemplo, que numa das pontas dos processos da “Lava Jato” estariam os interesses ilícitos do Governo, e que seria justamente esse “interessado” o responsável pelas nomeações dos membros do Supremo Tribunal Federal que iriam julgar os seus interesses, exatamente como acontecia na época dos czares russos. Mas o “ET” também não teria outra informação importante e verdadeira para transmitir  ao seu povo lá do seu distante mundo, capaz de desmanchar a primeira impressão, a positiva, que teve com a Justiça Brasileira. “Ele” estaria omitindo dessas informações uma verdade a que não teve  acesso, ou seja, o fato da Corte Máxima do Brasil só funcionar com a rapidez de um relâmpago quando todos os holofotes  do mundo estivessem concentrados sobre ela, e que funcionaria mais rápida ainda quando tivesse que “defender” os interesses do governo, quando parte da relação processual, como é o caso da questão envolvendo a nomeação de Lula para o Ministério de Dilma, onde vergonhosamente foi retirada a competência do Juiz Sérgio Moro para processá-lo, numa fraude descarada do Supremo, legitimando outra fraude (nomeação de Lula Ministro de Dilma), contra a própria Justiça.


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