de amor, tecidos
para Leandro, meu "nAMORido"
Eu poderia
escrever uma poesia
que versasse amor
- e só amor -
a cada linha.
Formada de estrofes
doces, perfumadas, escarlates,
que traduzissem
teus beijos, teu cheiro (meu vício)
e a vida, em vermelho-paixão,
que você me injeta na veia
com seu jeito (único) de ser,
a cada início de dia
e todo anoitecer.
Eu poderia
escrever um poema assim:
compondo um manto
com retalhos carmins
de dezembros duradouros,
janeiros frutíferos
e agostos, de encanto sem fim.
Eu poderia, sim,
com todas as letras
em ouro puro,
alinhavar, com minha escrita,
os dias passados juntos,
o tempo presente
e o amanhã - nosso futuro:
certo e repleto
de agostos,
dezembros,
e janeiros
transpassando eras.
Eu poderia
bordar com palavras,
os segundos,
minutos,
horas a fio,
entrelaçados entre os dedos
de nossas mãos unidas:
vida afora,
vida adentro,
na ponta da agulha
dessa vida artesã de sonhos,
que coseu o meu destino
com o mesmo novelo
com o qual teceu o seu
- e nos uniu, afinal -.
Eu poderia
escrever uma poesia
que versasse amor
- e tanto amor -,
pois tenho você, Leandro,
dia a dia me inspirando.
Se eu fosse poeta, escreveria.
Valéria Tarelho
12/06/03
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