Líderes de oposição estão apreensivos com manobras do governo, com ajuda do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, para “melar” a votação do impeachment. “Esse governo é capaz de tudo”, advertiu um senador, procurando confirmar se Lewandowski estaria em Brasília domingo. “Se ele estiver na cidade, é mau sinal”, disse. Teme uma liminar-surpresa impedindo a votação.
Assessores mais próximos desconfiavam que presidente Dilma anda fora da casinha, mas esta semana tiveram a certeza. Só a muito custo eles conseguiram fazê-la desistir da ideia de jerico de encher o Palácio do Planalto de cubanos, nesta sexta-feira (15), em mais um “comício”, tipo provocação, para vociferar contra o “golpe” blablablá. Exigia a solidariedade pública do pessoal do programa “Mais Médicos”.
Foi a própria Dilma quem insistiu no evento com os “mortadelas” do MST, na manhã deste sábado. Toda aquela gente é paga para formar a claque, ela não corre riscos, mas sua segurança a desaconselhou.
O deputado Abel Galinha (DEM-RR), também conhecido por Abel Mesquita Jr., será o primeiro a declarar o voto, neste domingo, na Câmara. Será o primeiro voto pelo impeachment de Dilma.
Três dias depois de ganhar mais um patrocínio de R$ 30 milhões da Caixa, o Corinthians mobilizou um grupo de torcedores para protestar contra o impeachment de Dilma. Os mais caros “mortadelas” do País.
O governo Dilma está em estado de catatonia. Sem nomear ministros interinos importantes como da Saúde, deixou os órgãos acéfalos, com secretários-executivos sem autorização de assinar coisa alguma.