Ah! Saudades que sinto.
Saudades do teu cheiro,
Saudades do teu aperto.
Sinto...
São tantas as saudades!
O que faço? Entrego-me?
Não sei, tenho medo.
São tantos os medos,
medos... Desconhecidos.
Medos... Do sofrer.
E nesses infindáveis medos, eu me perco.
Procuro refúgio. Consolo-me no teu peito.
Perco-me no teu perfume.
Mito de um corpo.
Imaginário de um ser.
Que aflição!
Apertando o meu peito.
Embriagando-me num vinho.
Um cálice de tormentos.
O que fazes tu?
O que queres tu?
O que faço eu?
O que quero eu?
Se não posso te querer! Se, sufoco o teu Ser!
Permaneço na imagem de um sonho.
Cobiçando te desejar,
Ansiando por te amar.
Como posso te desejar?
Sentimentos, medos...
Como posso te encontrar?
Posso eu fugir?
Não.
Não desejo despertar.
E quando, desse imaginário, nada restar.
Desejo esse sonho-fantasia,
No real do irreal, na imagem do imaginário,
Poder te encontrar. |