Eu ponto; você vírgula.
Hoje há vírgulas que tentam encerrar o texto vida de meus sonhos. Éramos eu e você gritando os desejos de felicidade. São vírgulas que não conseguem terminar a saga de um amar que insiste agonizante perdoar os erros que quebraram a pureza deste conto sem final feliz.
Vejo no horizonte o despontar de um sol redondo e ardente de dores, feito um ponto final no destino de um sonho de dois. Aproxima-se dizendo na poesia do alvorecer que agora não mais será um destino criado por dois amantes, mas, o destino de cada um que se desata buscado seus rumos.
Hoje, há caminhos diferentes, o teu, o meu, e, foram trilhados e dilacerados de esperanças mortas, vai fazer anos de buscas, iriam crescer sonhos.
Quando a solidão e o inverno chegarem, nossas camas vazias esperarão verões.
Sobrarão ilusões esperadas e não vividas.
LUIZ ANTONIO BARBOSA
Abril de 2001
para uma aula de concordância verbal. |