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Artigos-->O PARTIDO DOS TRABALHADORES QUE NÃO TRABALHAM -- 02/05/2016 - 10:47 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O PARTIDO DOS TRABALHADORES QUE NÃO TRABALHAM



Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo



A tese ora desenvolvida será a de que a vagabundagem tomou a si as rédeas do Brasil e vai levar muito tempo para ser afastada, devido à omissão  e traição à nação brasileira da única força da sociedade que teria condições  de destronar o bando de marginais que se adonou dos Poderes do Estado, com fundamento  no artigo 142 da Constituição.



As ideias socialistas e suas ramificações que se desenvolveram mais fortemente a partir de Marx, no Século XIX, nem chegaram à maturidade e  já começaram a ser distorcidas por pensadores como Antônio Gransci, o polêmico italiano cujo “socialismo” (moralmente deturpado) mais teve influência nas esquerdas do Brasil, e também junto ao próprio Foro San Pablo, fundado por Fidel Castro e Lula, em 1990, que em última análise é quem dá as diretrizes políticas (de esquerda) aos governantes brasileiros que chegaram ao poder a partir de 2003.



Todavia a velha e batida guerra entre o capital e o trabalho, alvo inicial do socialismo, que foi quem declarou essa guerra - nem importa no momento se  justa ou injustamente - na  nova versão “tupiniquim” deixou de ser o foco principal. Dessa “guerra” acabou nascendo  uma “filha”, ou seja, uma nova classe social exploradora, que passou  a ter como suas vítimas não mais só o trabalho, como doravante o próprio capital. Essa nova “casta” social que se formou não é composta nem pelos donos dos meios de produção, nem pelos trabalhadores. Como essa “casta” não é nada chegada ao trabalho, deve ter chegado à conclusão que tanto uma classe (a dos trabalhadores), quanto a outra (a dos titulares dos meios  de produção), exigiria bastante trabalho para satisfazer as próprias exigências econômicas da vida. De qualquer maneira, esses novos “revolucionários” teriam que trabalhar, num ou noutro polo da produção, seja como empregados ou patrões. Teria que ser feita uma enorme “ginástica” para que essas duas classes (a dos trabalhadores e dos empresários) se tornassem as novas escravas para sustentar a nova casta de exploradores, agora do trabalho e também do capital.



E nem é preciso “gastar” muito o raciocínio para que se chegue a essa conclusão. Basta verificar a enorme parcela do Produto Interno Bruto-PIB que é retirada para alimentar a fome insaciável de tributos que a sociedade civil tem que pagar para os governos federal, estaduais e municipais, que anda beirando os  40% do PIB, tornando o Brasil o pais com a mais elevada carga tributária do mundo, considerando o “quantum” de retorno à sociedade em benefícios.



É exatamente dos tributos que é retirado o “alimento” que enche os bolsos dos políticos e burocratas governamentais espalhados como pragas daninhas em toda a máquina estatal,da União, Estados e Municípios. Então a grande pergunta que se impõe é saber qual a participação desses parasitas estatais na constituição do PIB? Certamente nenhuma. Mas se a pergunta se inverter, ou seja, quanto essa “tchiurma” acaba embolsando dos 40% que os governos retiram do PIB? Sem dúvida é grande esse percentual, mesmo considerando somente os ganhos lícitos, e muito mais se somados os ilícitos da corrupção astronômica que grassa no serviço público.



Porém a maior de todas as perdas para a sociedade não está no fato desses burocratas estatais darem contribuição igual a “zero” para o PIB, porém na ação nociva que exercem a partir dos seus gabinetes e que obstaculizam um PIB que poderia ser muito maior, não fossem as dificuldades burocráticas e o emperramento da máquina estatal que tanto dificultam a produção econômica. A verdade é que se gasta mais energia do trabalho humano tentando afastar as dificuldades e burocracias impostas pelo Estado do que produzindo propriamente dito.



Mas esses desvios dos tributos arrecadados (40% do PIB) não ficam restritos aos  beneficiários trabalhadores formais do serviço público. Deles se beneficiam  também uma infinidade de organizações ligadas aos trabalhadores, sindicatos, movimentos disso e daquilo (dos Sem Terra e outros “sem”), enfim um enorme elenco de organizações, até mesmo clandestinas, explorando e vivendo às custas dos produtores do PIB, trabalhadores e empresários.



Essa nova “elite” de não-trabalhadores, os novos patrões, que explora tanto o capital, quanto o trabalho, concorre com os especuladores, rentistas, banqueiros e outros sanguessugas da economia, que também nada produzem e só exploram o capital financeiro e que acabam consumindo  a maior parte da arrecadação tributária e do suor da sociedade. Está aí o império da vagabundagem dando as diretrizes ao Brasil e escravizando os dois segmentos da produção econômica, o capital produtivo e o trabalho, numa  modalidade ainda não conhecida no mundo.



Interessante ainda é observar que são atraídos tanto para a vida sindical, quanto para a vida na política, principalmente os “trabalhadores” que nunca gostaram de trabalhar, e  que conseguem com muita esperteza envolver com extrema facilidade as suas “plateias”, passando a maior parte dos seus tempos falando, discursando, conjeturando, xingando patrões (com toda a proteção das leis fascistas de Mussolini), fazendo reuniões e agitando. Inclusive o “guru”  do sindicalismo, que chegou à Presidência da República, parece que não chegou a trabalhar um só dia durante toda a sua vida no “trabalho”, fazendo só sindicalismo e política.  



A filósofa Ayn Rand, norte-americana de origem judaico-russa, deixou uma frase que resume toda a situação vivida hoje pelo Brasil, que mereceria maior divulgação pela sabedoria nela contida: ”Quando você  perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada, quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores, quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e pela influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você, quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autossacrifício, então poderá afirmar, sem temor de errar, que a sua sociedade está condenada”. Bem analisada essa frase, ver-se-á que ela não se afasta um só centímetro da realidade política, social e econômica do Brasil. Até parece que ela foi feita “sob medida”.



Mas, lamentavelmente, as perspectivas políticas de mudança de toda essa situação para os próximos anos não são nada animadoras. Com ou sem afastamento da Presidente Dilma Rousseff, a tendência é de manutenção desse “status quo”, quando muito mudando o nome dos atores desse processo. Mas até que ponto a causa primeira estaria nessa “democracia” deturpada que se pratica no Brasil?  Que nem é democracia de verdade, porém oclocracia (= democracia degenerada, corrompida), onde a massa ignara escolhe e cai na armadilha da pior escória da sociedade para comandá-la? Nelson Rodrigues cogitou dessa hipótese em tese: “A maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade”.



Teria sido essa a “democracia” a que se referiu o Dr. José Eduardo Cardozo, quando hoje defendeu a Presidente Dilma, além da sua competência funcional  como Advogado da AGU, no processo de impeachment a que responde perante o Senado, onde sustentou que  “a história não perdoa as violências contra a democracia”?  Essa é a sua “democracia”, Doutor Cardozo?


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