“PROIBIDO A CÃES E JUDEUS”
Um político francês está sob investigação por promotores após comentários controversos que ele fez em suas contas do Twitter, incluindo frases como "proibido a cães e a judeus" e tweets postando deboches e negando o Holocausto.
Funcionários municipais notificaram os promotores em Montpelier, no sul da França, sobre a conta de Djamel Boumaaz, um ex-membro da extrema-direita do partido Frente Nacional da França, segundo o jornal Liberation noticiou.
Boumaaz, um muçulmano que deixou o partido no ano passado pelo que ele chamou de sentimentos anti-muçulmano da líder do partido, Marine Le Pen, alegou que alguém tinha invadido sua conta e postado os tweets, segundo o site de notícias Infos H24 relatou.
De acordo com o Liberation, a descrição do perfil da conta, que foi encerrada, dizia: "Proibido a cães e a judeus".
A imagem em preto-e-branco postada na conta mostrou cadáveres junto com o texto: "Ok, vamos fazer além disto, eu tenho um monte de amigos judeus."
Outro tweet dizia: "Meu filho tem pesadelos de seu Holocausto. Eu disse a ele para não ter medo de coisas imaginárias".
Boumaaz, um associado conhecido do negador do Holocausto Alain Soral e do comediante antissemita Dieudonne M& 39;Bala, ficou em segundo lugar na lista da Frente Nacional para as eleições municipais em Montpelier, em 2014.
Gilles Clavreul, delegado interministerial da França para a luta contra o racismo e o antissemitismo, escreveu no Twitter que ele contatou o escritório francês da rede social exigindo o encerramento da conta de Boumaaz pelo seu discurso do ódio, o que é ilegal sob a lei francesa.
Na semana passada, o Le Parisien informou que a União dos Estudantes Judeus da França e a organização anti-racista SOS Racismo processou o Twitter, o YouTube e o Facebook por não remover conteúdos antissemitas, racistas e homofóbicos.
Os dois grupos, juntamente com o SOS Homophobie, disseram que em 31 de Março e 10 de Maio, eles encontraram 586 exemplos com tal conteúdo.
Apenas 4 por cento do conteúdo em questão foi excluído pelo Twitter, 7 por cento pelo YouTube e 34 por cento pelo Facebook, disseram os grupos.
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