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Artigos-->Comentário geopolítico do coronel Gelio Fregapani -- 13/06/2016 - 15:37 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


COMENTÁRIO GEOPOLÍTICO 244 de 12 de junho de 2016












Assunto: Nióbio



       Já temos quase garantida a retirada do corrupto governo petista, mas podemos cair nas mãos de outros corruptos e até de entreguistas, a soldo da Oligarquia Financeira Transnacional. Contudo, espera-se de bom, no novo governo que haja um freio na corrupção (devemos isto ao Sergio Moro) e que não se ceda mais aos grupos de pressão, que se autointitulam "movimentos sociais" como o MST, CUT, UNE etc.  Basta fechar as torneiras das verbas públicas e reprimir seus atos criminosos.



      Com 12 milhões de desempregados, é preciso urgente criar vagas de trabalho. Os economistas indicam remédios para recuperar a economia, uns amargos, outros até sob suspeita de rendição ao estrangeiro, pois a nova equipe econômica, muito mais séria do que a anterior, não evidencia vontade de baixar os juros nem de evitar a desnacionalização da industria nem a da Petrobras, cuja criação e desenvolvimento nos custou muita luta e árduo esforço.











      Se no caso da Petrobras necessitamos estar atentos para evitar  a desnacionalização há outros setores importantes que ainda temos que recuperar e desenvolver. Existem vários, mas concentremos-nos por hoje no caso do nióbio. Este, usado em ligas com o  açoo tornam mais leve e mais forte, resistente à corrosão, aos ácidos e às mais elevadas temperaturas e dão lhe a elasticidade e flexibilidade que o tornam moldável. As ligas são usadas vantajosamente na fabricação de magnetos para tomógrafos de ressonância magnética, na produção de turbinas dos aviões a jato, e equipamentos de foguetes. São essenciais para a indústria nuclear. Na indústria do petróleo  compõem  os tubos para condução de fluidos. Servem para fabricar cerâmicas eletrônicas, em lentes para câmeras e até joias. O próprio trem bala dependerá do nióbio em vários processos de sua montagem e implantação.



      Um dado importante:detemos 98% das reservas conhecidas do “Nióbio” do planeta e no entanto quem estabelece as regras e os preços é a Inglaterra. Deste metal, se estabelecermos um preço justo  quem sabe, com outros minerais nobres,  possa dar estabilidade para a economia do nosso País como acontece com o Cobre no Chile, com a diferença que aquele país tem cobre mas não o monopólio do mesmo, como poderíamos ter com o nióbio, se fosse nacionalizado.



      Na década de 70, sob um governo nacionalista, estudava-se a metalurgia do nióbio. Dizia-se então: senão conhecermos a metalurgia do nióbio teremos que vender o minério; na medida em que conheçamos a metalurgia venderemos o metal e as ligas, com valor agregado ao preço que impusermos e se for o caso podemos até vender centrais nucleares completas. Dessa época o único avanço: não há comercialização do minério bruto ou do concentrado de nióbio. O metal é vendido na forma da liga ferro-nióbio (FeNb STD, com 66% de teor de nióbio e 30% de ferro), agregando algum valor.



       O resto do sonho ficou para trás, mas fica claro que o controle estrangeiro inviabiliza o desenvolvimento tecnológico e torna irrelevante o apoio governamental, pois as tecnologias só se desenvolverão em empresas no exterior.  A consequência é o não desenvolvimento da industrialização e mesmo certa regressão à produção primária, sempre com baixo valor agregado.



 


 















 

 

 

 



      Passando da economia à geopolítica,o quase monopólio brasileiro da produção assusta outros países, pela dependência de um único fornecedor e todos tomam as providências a seu alcance. O Reino Unido (Inglaterra) saiu na frente e domina o comércio (se tem como certo o subfaturamento das expotações) os EUA, segundo WikiLeaks, inclui as minas brasileiras na lista de estratégicos para a sua sobrevivência e os chineses, japoneses e sul coreanos adquiriram por US$ 4 bilhões (e quantos mais por fora?) 30% do capital das minas de Araxá. A produção brasileira de nióbio está concentrada nas mãos de duas empresas: a CBMM, controlada pelo grupo Moreira Salles – fundadores do Unibanco – A CBMM, de Araxá, que exporta 90% do total, vende o produto às suas próprias subsidiárias no exterior e a Mineração Catalão de Goiás, controlada pela britânica Anglo American. Correm rumores de que nesse imbróglio teria o dedo do Zé Dirceu e que um dos delatores da Lava-Jato teria comentado que o Petrolão seria irrelevante quando fosse esclarecido o assunto do nióbio.



     Atualmente, as jazidas de Araxá tem reservas estimadas para durarem mais de 200 anos, considerando a demanda atual. As reservas conhecidas no país aproximam-se de um milhão de toneladas, mas não há previsão de produção em outras jazidas como as do Amazonas e de Rondônia quer por estarem em reservas indígenas quer por estarem em razão das difíceis condições de produção, transporte e dos baixos preços oficiais e onde o contrabando não parece compensador. Suspeita-se sim é que muito do empenho das ONGs para estabelecer essas reservas indígenas e propugnar por sua independência se deve ao desejo de garantir o suprimento de nióbio pelo domínio de nações indígenas satélites. Consta que o então Presidente FHC tentou vender a jazida do Morro dos Seis Lagos –AM (com 90% das reservas conhecidas) pelo preço de um apartamento em Ipanema.



       O nosso País detém praticamente todo o nióbio do planeta, mas este potencial é desaproveitado.O simples fato de termos a posse de 98% das reservas conhecidas deveria garantir ao Brasil o monopólio da comercialização,  mas a ausência da ação do Estado, apesar do crescimento da intensidade de uso do nióbio e das inúmeras possibilidades de aplicações, a relevância e valorização do mineral o governo não prevê qualquer abordagem específica para o nióbio dentro do marco regulatório da mineração nem há articulação ou política de desenvolvimento de um parque industrial nacional consumidor de nióbio.  Por outro lado, as exportações de ferro-nióbio contribuem para o superávit da balança e o metal é hoje o 3º item mais importante da pauta mineral de exportação, a preço vil, favorecendo o desenvolvimento industrial de outros povos em vez do nosso, o qual deveria ter o preço favorecido.



Temos portanto, mais uma oportunidade ímpar. Contudo, é bom lembrar que por ser usado apenas em ligas, a demanda não é tão grande e que uma grande alta no preço poderia incentivar a substituição do nióbio por produtos concorrentes e que por mais importante que seja o nióbio ainda não se compara ao ouro ou ao petróleo.



      Vale lembrar a expressão do grande Bismark: " Riquezas naturais nas mãos de povos que não querem ou não possam utilizá-las deixam de constituir vantagens e passam a ser um perigo para seus possuidores."



 



Que Deus nos inspire a utilizar os recursos naturais que ele colocou na nossa terra



 



Gelio Fregapani



ADENDO



CENÁRIO PRONTO PARA GUERRA



Polemólogos-estrategos, estudiosos em tendências político-militares, e especialistas em fricções geopolíticas apostam que, no transcorrer do ano em curso e provavelmente nos anos subsequentes, continuarão ocorrendo conflitos armados na África, na Europa e, principalmente, no Oriente Médio.



O continente europeu continuará sendo palco de controvérsias e confrontações. A crise que envolve a Ucrânia atingirá seu zênite com grande possibilidade de continuar persistindo. Em contrapartida, a pressão desencadeada pelo Ocidente no sentido de expandir a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) às fronteiras da Rússia certamente ocorrerá com maior ênfase.



Vislumbra-se, claramente, no tabuleiro do poder mundial, o notório interesse norte-americano no sentido de evitar que a Rússia se erija como potência hegemônica na Eurásia (incluindo a Armênia, o Cazaquistão, o Quirguistão e a Bielorrussia), riquíssima em petróleo e possuidora de vários recursos naturais.



Como contraponto, por sua parte, a Rússia insistirá freneticamente em seu objetivo de contar com um amplo espaço territorial, além de suas fronteiras, que lhe sirva de escudo protetor frente ao Ocidente. Obviamente não se trata de uma reedição dos tempos da Guerra Fria, porém a cooperação entre a Rússia e o Ocidente, particularmente com os Estados Unidos, paulatinamente vem se esfriando. Como decorrência natural, lamentavelmente, isto tenderá a afetar os programas conjuntos de redução de armas nucleares, carreando sérios prejuízos ao desejável equilíbrio do poder mundial.



O continente africano continuará sendo foco de graves conflitos internos. A Líbia se apresenta dividida em dois grupos radicais, cada um com seu governo e suas forças militares. Acrescente-se a esse complicado cenário a existência de variados grupos de milícias, dotadas das mais diversas inclinações ideológicas e sectárias que competem ferozmente entre si na disputa por território e poder. Consequentemente, o Estado se encontra completamente desintegrado e, em que pesem os esforços no sentido de redigir uma nova constituição, provavelmente será muito difícil, neste momento, fazê-la valer.



Faz-se mister ressaltar que o que vem ocorrendo na Líbia certamente afetará os países vizinhos. O grupo terrorista Al Qaeda que opera na região do Magreb Islâmico, que se formou utilizando substancial armamento obtido após a queda do ditador Muammar Kaddafi, em 2011, prossegue tendo uma forte influência na região norte da República do Mali.



O Boko Haram, outro grupo radical que luta para impor a Sharia (lei islâmica) em toda a Nigéria, repotenciou seu arsenal bélico com o derrocamento do líder líbio Kaddafi, tem expandido significativamente sua presença e, na atualidade, também aterroriza as populações do Chade e de Camarões. Por sua vez, o grupo Al-Shabab, uma ramificação da Al-Qaeda fundada em 2006, vem impondo uma versão radical do Islã na Somália, implementando uma sangrenta batalha contra o frágil Estado somali.



A República do Sudão do Sul, um país que adquiriu sua independência do Sudão somente em 2011, encontra-se envolvida em uma terrível guerra civil entre dois rivais políticos, com sequelas desastrosas para o futuro do país. De modo análogo, a República Centro-Africana está sendo dilacerada pelo sangrento conflito inter-religioso que envolve cristãos e muçulmanos.



A guerra que ocorre na República Democrática do Congo é a mais sangrenta da história africana, com aproximadamente 5 milhões de mortos, além de milhões de refugiados e deslocados internos. O que lamentavelmente vem ocorrendo nesses países africanos causa estupefação e imensa preocupação à Organização das Nações Unidas e entidades congêneres, voltadas para a conquista e manutenção da paz mundial.



O Oriente Médio com toda certeza seguirá sendo palco de inúmeros conflitos e frequentes fricções geopolíticas no transcorrer dos próximos anos. A situação do Yemen, ao Sul da Arábia Saudita) nos passa a imagem de estar se deteriorando aceleradamente. O grupo Al-Qaeda tem presença ativa e protagonista de várias ações no país há vários anos, porém o grupo xiita Houthis surge como a principal ameaça ao governo central. Eles alegam não se sentir representados pela Assembleia Constituinte que redige uma nova Constituição e cada vez mais propõem maior influência utilizando a via armada. O movimento secessionista do sul do país aproveita as circunstâncias para também avançar por sua causa.



Na Síria e no Iraque assistimos, estupefatos, a consolidação do Estado Islâmico, cujo líder, Abu Bakr al-Bagdadi, se autoproclama califa, ou seja, um sucessor do profeta Maomé. Isto lhe confere o título de autoridade máxima nas esferas política, militar e religiosa de todos os muçulmanos no mundo.



O interminável conflito palestino-israelense deverá se prolongar por mais alguns anos devido ao fato de o atual Governo de Israel, capitaneado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, inclinar-se para os postulados da direita radical, sendo frontalmente contrário à criação do Estado Palestino. Desta maneira, não vislumbramos qualquer possibilidade de negociação entre as partes, a curto e médio prazos.



Diante deste cenário mundial nada promissor, concluímos que, lamentavelmente, os conflitos e fricções geopolíticas seguirão presentes, em várias regiões do planeta, por mais alguns anos.



Manuel Cambeses Júnior


Coronel-aviador, membro emérito do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil e membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil.


 



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