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Contos-->A Massa que era de Vidro -- 24/02/2003 - 12:08 (Jair Fonseca Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Reflexão

A MASSA QUE ERA DE VIDRO

Menino pobre e com
Fome... João, José, Antônio, Zacarias, ...
que deixa cair por sobre seus ombros um camiseta de propaganda política... E desce a ladeira dos escombros de uma vida vegetativa.

É fim de tarde... Ele vai até à Avenida, onde as luzes começam a acender. Esse grande corredor passarela de máquinas e gente, vai dando espaço ao vai e vem dos que retornam... e ele olha a tudo encantado.

O relógio da Matriz, bate 18:00h, hora da prece, dos pedidos , hora de agradecer.
Hora da mesa posta,
Da família, a união.

O aroma do bom café espalha-se no ar, é o convite para o jantar manjar, mas o menino não tem uma mesa para assentar-se, nem tão pouco o manjar de um jantar... E o seu estômago num aperto lhe suplica: - "quero pão", esse desejo o inflama, trazendo-lhe confusão - "O por quê da humanidade ser tão dividida no seu social?" - uns comem pão com fartura e outros, tão perto dos que comem o pão, nada comem... precisando comer.

E caminhava assim o menino a procura de pão, mas cadê o pão? Por certo na minha e na sua mesa, mas, não saímos a encontrá-lo e com ele repartir.

Pobre menino com fome..
João, José, Antônio, Zacarias,... não importa.

No prosseguir do seu andarilho, num dado momento, ele avista uma linda praça, onde crianças ali brincam sob os cuidados e proteção dos seus pais, e bem alimentados. Ele para e sente vontade de achegar-se ... Ele é criança também, porém olhares discriminadores o afastam e agora seus olhos contemplam um grande estabelecimento de fabricação de pão, é uma famosa padaria. Corre até lá...quem sabe? consiga o pão nosso de cada dia...é sua esperança, é sua chance.

Na vitrine daquele estabelecimento, ali estão expostos opções de pães, cada um na sua melhor apresentação de gostos, instando a cobiça. A boca reage com bastante saliva a espera do degustar. É tanto desejo que ele brinca com a escolha...quero aquele, não, aquele outro é mais gostoso....os olhos saboreiam, e o estômago replica: - Estou aqui.

Mas ao sair daquele transe é notória a realidade; todo o desejo vivido numa visão, perdeu o sabor diante da separação de uma vitrine que deixava do outro lado, a massa substancial, vital...

O pão era de vidro!

Saiu dali o menino, de volta ao seu redil, somando mais um dia a espera da migalha dos que tem para comer.


Como está sendo dividido na mesa o nosso pão?
A fome é vazia...e onde existe o vazio, existe a morte.

Doe, abra os portais de um sorriso. O homem Jesus veio ao mundo para o exercício da compaixão. Doou-se a si mesmo e deixou-nos a lição. Aprendamos a compartilhar o nosso pão.


Jair Martins / 23/11/02

23:25h

(HOMENAGEM A CAMPANHA NATAL SEM FOME DO GRANDE IRMÃO BETINHO)
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