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cronicas-->A Rede dá Peixe! -- 19/11/2002 - 17:07 (Mariana Antonelli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A REDE DÁ PEIXE! (Por Mariana Antonelli)

E lá estava eu: sem sono mais uma noite, sentada de frente pra tela do computador, respondendo e-mails e enviando aquelas típicas bobagens que você sabe que todo mundo deleta. Mas não importa. Não há mesmo nada para se fazer, lugares por onde navegar...Checo novamente a minha caixa postal.

"Conheça seu par perfeito agora mesmo! Cadastre-se grátis. Encontre um amor! Comece um namoro!"


É...a idéia não me pareceu ruim para quem estava sem nada em mente às 3h da madrugada. Cadastrei-me, então! Nome, cidade, sexo, preferência sexual, altura, cabelos, olhos, signo, profissão, etc, etc. Cadastro efetuado com direito a publicação de três fotos e mãos à obra para bater em todas as teclas na procura de uma companhia especial ou quem sabe até um namorado....

Uma semana, duas, três...Mais de 200 e-mails vindos de homens completamente desinteressantes, esquisitos, magros demais, baixos demais, gordos demais, burros demais, bregas demais, romànticos demais, grossos demais, loucos demais!

E foi em mais uma madrugada acordada com a luz da tela do computador na minha cara entediada, até então, que eu vi "o cara". Designer. Charmoso. Alto. Carioca. Esportista. Bonito. Interessante. O que eu fiz? Mandei-lhe uma mensagem, é óbvio! E no dia seguinte recebi sua resposta de acordo com as minhas expectativas. Positiva, lógico! Ele havia me achado bonita. Interessante. Inteligente. Bem humorada. Uma "mulher por completo" . Trocas de e-mails e números de ICQ; conversas com duração de três, quatro, cinco horas sem que o assunto acabasse.

Quatro dias batendo os dedinhos um com o outro foi o suficiente para nos cansarmos. Passamos logo para a etapa do telefone! Ouvir as vozes...A minha rouca, a dele engraçada. Disse sofrer de adenóide. Desvio de septo. Latim? Grego? Alguma deficiência mental?...Não entendi nada, mas não importava. Afinal de contas, eu estava conhecendo um cara interessante, interessado por mim (!) - raridade no mercado.

E foi assim...a minha rouquidão e a voz singular dele se encontrando ao telefone durante uns dias. O papo era ótimo. Falávamos sobre tudo, todos, sobre guerra, poesias, arte, política, música, família, sobre nós, sobre os outros que estão sozinhos no mundo. Quando nos demos conta da palavra "sozinho", no dia seguinte ele passou na minha casa para nos vermos de fato e darmos uma volta.

Fomos até um quiosque, onde a vista para o Rio de Janeiro é uma coisa de outro mundo, bebemos um vinho vagabundaço e rimos e trocamos olhares e prestamos atenção nos pequenos detalhes um do outro. Mas nada de beijo. E eu já doidinha de vinho, doidinha para beijá-lo, mas nada de beijo.

Fui até em casa pensando sobre esse tal site. Sobre esse tal de destino. Sobre essa tal de Internet. E sobre como eu me insinuaria para ele. Mas foi só ele estacionar o carro na frente do meu prédio que tudo clareou na minha cabecinha: o site funcionava, o destino era gentil e a Internet? Uma maravilha! E mais: desencalhadora. Cupido. A flecha? Seu mouse aí...Beijos num dia e namoro já no segundo encontro.

Adoro receber essas propagandinhas de Internet!

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