Tentarei expor ao Sol gemente
Meu germe primar e latente,
Num desnudar concuspicente
Para amar divinamente.
Veja meu olhar ciente
Das flores se abrindo
Dos orvalhos caindo
Por um amor quente.
Beijo-te como as sedas macias
Em teu corpo fremente,
Cheio de paixão e agonias.
Vou escorrendo como os rios dolentes,
Passeando por margens excitantes,
Num reagente clamante de carinhos,
prescrutando afã teus queridos ninhos.
Vou deliciando tão belo ser cantante.
Escuto teus sussurros roucos,
Minhas mãos acariciam o ansiado corpo.
Teus braços, num abraço, sentem os desejos loucos,
Encosto meus seios em teu dorso.
A respiração se faz mais ardente
As mão mais possantes,
Arranhando-te,o cio desponta quente
Beijo-te sofregmente com as faces amantes.
Teu pescoço é viver
num despertar saciante por ti.
Teu peito mordisco para guarnecer
O indizível só para amar a ti.
Beijo tua boca sedenta,
Apalpo teu falo e antevejo o prazer.
Mordo teus lábios, refaço lenta,
Deixando-te para comigo comprazer.
Deito-me ao teu lado
puxo-te e aperto com avidez
Quero-te em mim enlaçado
Para eu agir com altivez. |
