AMOR COVARDE
Na esteira das horas vazias
Rasgo meu dia em pedaços de
Nostalgia,
Com o dia despedaçado
Penso no passado,
Palco sem margem
Amor sem coragem
Nos pedaços espalhados
Tua imagem
Grita
Nítida em agonia
Teu amor se faz em súplicas
E desculpas
É tarde para nós
Chove no meu coração
Minha alma uiva
Minha dor ficou viúva
Sob a cantiga da chuva
Os espaços deixados por ti
Estão vazios
Mortos, sem dono,
Quanta tristeza existe
Na dor do abandono
Perdi meu dia
Em pedaços rasgados,
Na dor sem alarde deste
Amor covarde
Minha alma em chamas,
Arde em lembrança
Queima em pedaços
Este resto de esperança,
Cristal quebrado no peito
Promessas mortas no leito
Entre pedaços e espaços
Sem laços, sem alento,
Apenas com essa dor ardida
Esse amor sem medida
Te abraça em despedida
MORGANA
Rio de Janeiro, 25/06/03
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