Minha Mãe
Lembro de ti, tão bela e pequenina,
Sentada ao sofá; cruzados os braços,
Olhar vago perdido nos espaços,
Cabelos brancos, e corpo de menina.
Que terrível saudade me domina
Ao lembrar-me de ti, ó Mãe querida,
Outra seria hoje a minha vida
Se Eu lograsse inverter a minha sina.
Foi secreta e solerte minha ida,
Nada te disse ao partir sem norte,
Por anos me choraste dolorida,
Pedindo a Deus por minha boa sorte,
Mas quando a ti busquei cheio de vida
Há anos te levara a crua morte.
Mestre Egidio,
Fortaleza-Ce, 04/05/004
|