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Artigos-->Guido Mantega (PT) foi preso e solto em poucas horas -- 22/09/2016 - 16:24 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Guido Mantega (PT) foi preso e solto em poucas horas. Mas Lava Jata deve atuação mais ampla para chegar também nos demais partidos








Publicado por Luiz Flávio Gomes


 





Eike Batista (que tinha assumido em 2012 um grande contrato com a Petrobras juntamente com a Mendes Júnior), a pedido de Mantega, efetuou o pagamento de propina de R$ 4,7 milhões para quitar dívidas de campanha (de 2010, possivelmente) do PT.




 




 



Guido Mantega PT foi preso e solto em poucas horas Mas Lava Jata deve atuao mais ampla para chegar tambm nos demais partidos




 



O dinheiro foi operacionalizado por Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana. Houve um contrato falso de prestação de serviços entre eles. Mas, na verdade, o dinheiro era para cobrir rombo de campanha.



Guido foi liberado prontamente por razões humanitárias (ele estava no hospital para acompanhar sua esposa em uma operação). Especula-se uma possível delação premiada. Guido está para o PT como o Cunha está para o PMDB. Seriam duas delações bastante explosivas.



Sabe-se que as empresas Mendes Júnior e OSX – da qual Eike era presidente do Conselho de Administração – se associaram na forma de consórcio para obter os contratos de construção das duas plataformas, mesmo sem possuir experiência, estrutura ou preparo para tanto. A PF afirma que houve fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos responsáveis pelas indicações de cargos importantes da Petrobras (ver G1).



O cupim que está corroendo o Brasil intensamente reside precisamente nesse conluio entre amigos do “rei” para promover o enriquecimento ilícito de muita gente e de muitos partidos. Tudo isso é sistêmico e vem do período colonial. Mesmo empresas sem competência técnica acabam abocanhando contratos monstruosos nas empresas públicas.



Tudo depende dos laços de amizade, das relações sociais e políticas, dos acordos, das indicações, dos interesses. Isso significa governar a coisa pública como se se fosse privada. Se chama patrimonialismo, que é de dupla via: tanto o agente público cuida da coisa pública como se fosse privada, como o empresário privado avança na coisa pública como se fosse sua conta bancária.



Os custos das campanhas no Brasil devem ser reduzidos drasticamente (no campo municipal isso já começou a acontecer). O financiamento empresarial deve ser mantido proibido. As castas econômicas e financeiras sabem que se aproximam do poder político pelo financiamento de campanhas.



Em troca o poder político (governante) proporciona a assinatura de contratos dessas empresas com os órgãos públicos. Normalmente são superfaturados, para cobrir o custo da propina. A propina, portanto, não sai do bolso das empresas, sai do bolso da coletividade (em razão do superfaturamento, que na Petrobras foi em média de 17%, consoante analise do Tribunal de Contas da União).



Todo mundo sabe que as propinas combinadas na Petrobras envolviam PT, PP e PMDB. Mas a Lava Jato vem priorizando as investigações do primeiro partido. Do ponto de vista da Cidadania Vigilante importa que a operação seja a mais extensa possível, contra todos os envolvidos. Somente assim ela vai se legitimar completamente perante a população.



Dentre outros, dois déficits deveriam ser corrigidos prontamente: em primeira instância, a Lava Jato ainda carece de mais amplitude para investigar integrantes de outros partidos; em segundo lugar cabe ao STF agilizar os processos dos políticos que tramitam sob sua competência.



Em dois anos de Lava Jato o STF até agora recebeu apenas três denúncias. E duas agora contra Cunha foram redistribuídas em razão de ele ter sido cassado e perdido o foro privilegiado. Com urgência temos que acabar com o foro privilegiado nos tribunais. O STF (e todos os juízes) vive de credibilidade. Sua morosidade é fator sério de deslegitimação perante a população. O mundo político não moverá uma palha para melhor a performance do STF. Logo, compete a ele tomar essa iniciativa.








Luiz Flávio Gomes, Professor de Direito do Ensino Superior





Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). [ assessoria de comunicação e imprensa +55 11 991697674 [agenda de palestras e entrevistas] ] Site: www.luizflaviogomes.com




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