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Cronicas-->Sobre Meus Versos minha Alma-mscx -- 24/11/2002 - 10:31 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meus Versos Min´alma: Maria Pires da Silva: 1987: 104p: João Pessoa-Pb.
Por: Maria do Socorro Cardoso Xavier

Poeta moderna e autora das obras Partículas Mínimas; Gritos de solidão; Levitações poéticas e este que ora desvendamos.
Como a própria poeta diz: "este livro é uma forma de registrar, através da poesia, minha passagem por este mundo onde existem flores, céu azul, sol dourado, verdes montanhas e muitas esperanças de dias melhores para todos". A obra tem prefácio de Zilma Ferreira Pinto.
Escrever para Maria Pires impõe-se como um desafio do seu eu romàntico, uma espécie de catarse de sua alma angustiada pelas incertezas de um grande amor. É uma ànsia contida que explode para falar deste amor (in poemas "Te procurei", "Incógnito", "Em Prece"), desejo implodido pelo inacessível deste amor. Em "versos à toa", a autora grita o vazio da existência, pelo vazio de um amor que machuca e ao mesmo tempo a leva para o niilismo. Sentimentos paradoxais que raiam o masoquismo.
No cume do seu engenho poético, o amor ocupa um lugar de destaque, um amor que inunda todo o seu ser, sendo tudo o mais, irradiação desta força psíquica poderosa. Sentimento este que move o seu eu poético, que, ora se contraindo, ora se dilatando, se multiplica em 92 páginas de romantismo e dor de amor. Até mesmo quando muda de temática em alguns poemas do livro, há um impregnar do seu sentimento inatingível. Nestes versos, a autora prenuncia sua própria catarse: "Liberta da minha cruz/ quero as estrelas tocar/ quero irradiar luz/ quero ao mundo perdoar".
Canto e oração feminina da sublimidade do íntimo, cheio de amor, de ternura, seus recados ao vento, missivas poéticas, tendo o céu e a lua por testemunhas, "num grito vigoroso a implodir no peito". Existencialismo dolorido pelo mal de amor, que transpira do ser, sente-se por vezes tão desolada, que ninguém pode consolá-la, só a própria sombra escuta. Uma espécie de narcisismo lhe estoicisa o ser.
A dor, o excesso de amor, a sede de amor, a carência, a morte do sonho acalentam-na num masoquismo, configurado em imagens confusas que povoaram os bosques sombrios do seu calvário pela vida fora. Seus versos é um sentir único, com diversos momentos do criar poético - tudo para mandar um recado: eu te amo, quero teu amor, sofro tanto, sem ele não sei viver. Este é o seu amor sem fronteiras e indestrutível.
E, neste quase morrer de amor, sobreviveu. Só a poesia ficou?
Sim. Ficou para imortalizar a alma intuitiva desta sensível poeta, que buscou no amor a significação mais genuína, cujo solo fértil transmudou sua vida numa espera infinda.


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