Os dois lados...No meio do Caminho
Sob o céu , cobertura do caminho, o arco do tempo, flecha com precisão o meio da vereda,
confrontando dois pontos: principio e fim.
Duas linhas, agora separam duas visões que se encontram.
Retornar ou prosseguir? Eis ai uma decisão...
Desistir, é elo dos covardes,
persistir, virtude do ousado.
Pedras no pisar divide opiniões.; serão elas proteção?
Ou pontos agudos ágeis na inflamação? Não importa...
Trégua não deve haver...Avançar é determinar,
desdobrá-lo este é o dever.
Assombro e cansaço, são companhias de perseguição arrojada,
desafio de efeito interessante, nesse contexto intrigante...Meio....
Mas, os lados contemplando,
a confiança se renova na panorâmica da visão:
partida e chegada... (ordem natural do tempo).
Do Norte, surgiu a trilha, na bagagem a saudade.
Do Sul, sopra o vento, convidando o andarilho,
esvoaçando a cortina do destino, assobiando uma verdade.
Aos dois lados, agora pertencem uma contagem regressiva,
recuar ou seguir, teste do termômetro coragem.
Desviar é cair em alagados, cheinhos de indiferentes indivíduos.
Porém, no meio do caminho há flores ornamentando encontros, há mãos que se entrelaçam em união,
há abrigo para a tênue chuva, a lágrima, fio longo no escorrego da face.
No meio do caminho, nuvens claras, adornam os dois lados,
dois horizontes: alvorecer e crepúsculo, este último sendo alcançado, é banquete de cores, num viva a conquista do caminho terminado.
Jair Martins - 28/06/03 - 19:45h
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