A criança brincando na areia,
A descrença duvidosa do ateu,
Tudo que é possível incendeia
Esse coração que não mais é meu.
O sabor do chá de erva-doce,
A calmaria após a tempestade,
O silêncio feito após o beijo,
A tão almejada e árdua liberdade,
Os instantes quase eternos de desejo.
O sorriso inocente de uma criança,
A loucura cega do cotidiano,
A longa espera da nova esperança,
Tudo que é sagrado ou profano.
Sobre tudo pensa e pouco escreve
A imaginação que não se atreve
A traduzir outra coisa que não o amor.
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