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Cordel-->CORDEL DA AMIZADE -- 24/05/2000 - 18:35 (Eustáquio Mário Ribeiro Braga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CORDEL DA AMIZADE
(Homenagem ao amigo Manoel Antônio Bonfim)

Companheiro Bonfim
Acho que ontem o galo não estava afim
De nada, inclusive ganhar do coringão
Que, aliás tremeu nas bases
Jogou quando quis e depois voltou retrancado
Tais certo nossa defesa vacilou e acabou entregando o ouro
O meio de campo não conseguiu armar
Muito menos o ataque marcar
O Guilherme está jogando mais com a língua
Enquanto gol que é bom mingua
Até que o técnico arriscou
E jogador ele trocou
Só não teve paciência
Para ganhar do Timão tem que ter ciência
Tem que atacar
Mas precisa também marcar
Mas mudando de galo para gavião
Na minha casa tinha uma torcedora do timão
Que é a minha mulher
Ela é portuguesa de nascença
E paulista de vivença
Mora comigo há poucos anos
E até torce para o galo
Que na disputa com timão caiu para segundo plano
Ficou só me azarando
Dizendo em meu ouvido que o galo virou franguinho
Foi por tamanha azaração já costumeira que fiz aquele cordelzinho
Mas há de chegar o dia do gavião virar passarinho
Então comerei devagarinho
Bem típico do bom mineirinho
Que, aliás é pura balela
Mineiro come muito seja na tigela ou na panela
E nem a fruta gostosa (Pêssego) come quieto
Acho que o mineiro bem esperto
Acaba por faz mistério
Por ser bem discreto
Não fala nem por decreto
Mas quando gosta é de verdade
E nisso não tem vaidade
Dura para a eternidade
Tem que aturar até gozação de cruzeirense
Eu que antes também torcia para o timão (era meu segundo time) vou ter que ser palmeirense
Talvez na quinta botafoguense
Realmente depois daqueles pênaltis não marcados no jogo do mineirão
Fica com birra dos árbitros e também do coringão
Que no primeiro jogo não viu a cor da bola
O galo jogou rápido e no ataque, eu estava lá pra confirmar
E levei ,minha mulher pra conhecer o estádio
Estava cheio e havia um barulho ensurdecedor
E agora não importa se sou vencedor ou perdedor
Faço poesias para o galo com amor
O Atlético é a minha religião
E bem sei que ele não tem a estrutura do timão
Ainda vamos assinar a parceria
E vamos cantar noutra freguesia
Embora o amigo tenha razão
Temos que formar um timão
Mas para começar tá muito bão
Porém não adianta nem contratar todo o time do coringão
Se não vier acompanhado de um juiz ladrão
No esquema da CBF e da imprensa paulista
E de outros eixos também bairrista
Não tem galo que resista
Caro amigo do Ceará
Achou que aqui eu vou parar
Para não te amolar
Sei onde é meu lugar
Estou por baixo mas também gozo
No repente também posso
Eu tiro o chapéu para o cidadão nordestino
Que sofre e luta deste menino
Nesse país tão injusto
E os povos de várias regiões são discriminados
Falta políticas sociais e humanas
Falta distribuição de renda
E no Ceará o que não falta é "renda"
Deixo aqui a minha prenda
Criança vai para a escola atrás de merenda
Que é, talvez a única refeição
Nesse país da corrupção
O que falta é união.

Fui trançado com uma mulher rendeira
Embora esteja sem eira nem beira
Mas ainda tenho coragem de falar, mesmo que seja asneira.

Thackyn
24/05/2000

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