E por estar preso nessa ansiedade,
Meu corpo já surrado,
Estremece febril em ‘causa mortis’...
Pele curtida ao Sol,
Em momentos de destempero e solidão,
À margem do insucesso,
É o tempo que se vai e te conduz...
Não obstante, é fecundo e incompreendido
O fruto do amor,
Tão puro e cristalino,
Que teus olhos teimam e não ver,
E teu coração teima em não retribuir...
Fazemos parte de um pobre segredo
Que se revela aos quatro ventos,
E em nada contribui a este terno encanto...
Nossas divisas,
Nossas dúvidas,
É a inconstância que norma a separação
E põe fim ao desejado encontro...
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